Sem ajuda para manter trabalhos, ONG do bairro Paraíso corre risco de fechar

Segundo Ângela, cadeiras de rodas nem sempre chegam em bom estado de conservação
Segundo Ângela, cadeiras de rodas e higiênicas nem sempre chegam em bom estado de conservação

“Precisamos de apoio financeiro para continuar a desenvolver os nossos trabalhos e também na manutenção do aluguel de nossa sede, que fica aqui no bairro”, diz a diretora-presidente da ONG Associação Voluntária Amigos da Solidariedade (Avas), Ângela Campos, do bairro Paraíso. Segundo ela, sem essa ajuda será impossível dar continuidade aos trabalhos sociais da entidade, em especial envolvendo os empréstimos de cadeiras de rodas e outros materiais utilizados na recuperação de doentes, pois a ONG corre o risco de fechar.

– Tenho em mente colocar em prática um projeto em parceria com a Santa Casa (em Resende) no qual estaremos contando com jovens voluntários na restauração de cadeiras de rodas e outros materiais médico-hospitalares para a ONG e o hospital. Só que para isso precisamos investir em nossa sede para realizar um dia essa oficina, e precisamos dessa ajuda. Sem isso, uma grande quantidade de pessoas deixarão de ser atendidas – responde.

Ela relembra que todos os recursos arrecadados pela ONG são obtidos graças a doações de amigos. “Não temos apoio de órgãos públicos nem de empresas para ajudar na restauração desses materiais (ao todo são mais de 200 materiais médico-hospitalares emprestados gratuitamente pela ONG, para moradores de Resende e outros sete municípios vizinhos)”.

Ângela conta que esse trabalho de empréstimos de materiais médico-hospitalares, além de se realizado sem qualquer custo para o beneficiado, não é valorizado nem mesmo por quem recebeu uma cadeira de rodas ou muletas. “Quando esses aparelhos vão para as pessoas, estão em perfeitas condições de uso, mas quando voltam acabam chegando com a necessidade de serem restaurados na maioria das vezes. Tem gente que além de destruir e não devolver, não paga e nem dá qualquer satisfação”, acrescenta.

OFICINA PRETENDE TIRAR JOVENS DA OCIOSIDADE
O projeto tem o objetivo de criar a Oficina Voluntária de Recuperação dos Aparelhos Ortopédicos. “Nessa oficina, os jovens aprenderão de forma voluntária, nas horas vagas do dia, a restaurar cadeiras de rodas, muletas e outros materiais que serão utilizados pela ONG Avas e pela Santa Casa. Só para se ter ideia, muitas meninas não sabem costurar um estofado de cadeira de rodas e muitos meninos não sabem consertar as peças da cadeira, e com isso eles saem da ociosidade e das ruas”.

Também a entidade e o hospital farão troca de materiais entre si quando necessário, de acordo com a diretora-presidente. Outra ideia de Ângela que ela pretende colocar no momento em prática é a cobrança de uma taxa em caso de manutenção inadequada dos materiais médico-hospitalares. “Junto com a assinatura de um documento em que o usuário se compromete a fazer o bom uso do material, estará incluída uma taxa da qual ele terá que pagar pelo conserto da cadeira de rodas ou de qualquer outro material médico-hospitalar cedido a ele”, completa.

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Sede também realiza eventos festivos para a comunidade

TRABALHO EXISTE HÁ 37 ANOS
Criada há 37 anos, a ONG Avas tem como objetivo realizar eventos recreativos, sociais, educacionais e beneficentes. Além do empréstimo de materiais médico-hospitalares, através de indicações de hospitais e outras entidades, a ONG também doa diversos artigos como remédios, cestas básicas, leite, fraldas para bebê e geriátricas, brinquedos, móveis e eletrodomésticos, entre outros itens, a famílias e entidades como creches e asilos; além de promover campanhas em favor de doentes com câncer.

Os interessados em fazer parceria com a ONG Avas, seja pessoa física ou jurídica, podem entrar em contato pelos telefones (24) 3354-4567 ou (24) 99841-1885, além de visitar a página da Avas nas redes sociais. A sede fica na Rua São Sebastião, 33, no bairro Paraíso, em Resende.

Fotos: Reprodução do Facebook

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