O cerco está se fechando contra os vereadores de Resende

camara2Mais uma etapa da operação que apura as fraudes na Câmara Municipal de Resende sobre licitações fraudadas e contratações de empresas fantasmas, entre outras acusações apontadas pelo Ministério Público estadual foi realizada na cidade, na sexta, dia 15. O MP deflagrou a operação batizada de Betrug em outubro de 2015. Vários agentes do Ministério Público em carros descaracterizados cumpriram durante toda a manhã mandados de busca e apreensão expedidos pelo desembargador Jose Muinos Pineiro Filho, do primeiro grupo de Câmara Criminais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

A Justiça determinou que a equipe de segurança e inteligência do Ministério Público apreende-se nos endereços comerciais e domiciliares dos quatro citados, “documentos relacionados à Câmara Municipal de Resende, bem como eventuais quantias em dinheiro, aparelhos de telefonia celular, smartphones, tablets e computadores”.

Os mandados de busca e apreensão foram em todos os endereços dos três vereadores afastados, Luis Carlos Kiko Alencar Besouchet (PP), Ubirajara Garcia Ritton (PP), e Jeremias Casemiro (SD) e ainda, o ex-assessor da deputada Ana Paula Rechuan (PMDB), Alessandro Soares Ritton, filho do vereador Bira, conhecido como Sandro Ritton.

É a primeira vez que o nome de Sandro Ritton é citado oficialmente nas investigações. Durante a gestão do pai como presidente, o filho teria, segundo denúncias, montado um esquema de distribuição dos recursos públicos vindos do pagamento das empresas que prestavam serviço ao Legislativo, e, apesar de não ter cargo na Câmara, seria o elo de ligação entre o grupo acusado de fraudar licitações, assim como com outros vereadores, possíveis beneficiários do esquema.

Acredita-se que pelo menos, neste esquema outros quatro vereadores ainda não citados no processo estejam envolvidos; algumas empresas também estão sendo investigadas, pois há indícios que sabiam do repasse de parte dos recursos para o esquema de corrupção.

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2 thoughts on “O cerco está se fechando contra os vereadores de Resende

    1. Elo de ligação tem sido no meio jurídico tema de debate e polêmica, mas no meio coloquial tem sua importância e legitimidade. O termo tem características de redundância, como “encarar de frente”, “ambos os dois” e outras expressões, mas determina mais intensidade e portanto é uma expressão legítima. Já ouvimos em algumas ocasiões “elo de sustentação” que têm significado diferente, obviamente, do “de ligação”. Agradecemos de qualquer maneira o interesse pela linguagem de nosso jornal.
      Att,
      Ana Lúcia
      editora do jornal BEIRA-RIO

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