Sessão sobre impeachment começa com tumulto

Antes mesmo de entrarem no plenário da Câmara dos Deputados, parlamentares favoráveis e contrários à admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff se enfrentaram e bateram boca. Minutos antes das 14h, quando pontualmente começou a sessão, um grupo de parlamentares contra o impedimento entrou no Salão Verde em direção ao plenário da Casa aos gritos de “democracia” e “não vai ter golpe”. Os deputados pró Dilma também seguravam cartazes em favor da presidenta. Apesar de a votação estar sendo divulgada como ato contra a corrupção e de o argumento para o impedimento serem as pedaladas fiscais, 299 dos 513 deputados que irão votar respondem a processos dos tribunais de contas.

Diante das atenções que o ato despertou no Salão Verde, a oposição contra atacou de mãos dadas aos gritos de impeachment e cantando “ai, ai, ai, ai, tá chegando a hora, o dia já vem raiando, meu bem a Dilma já vai embora”.

Domingos Sávio (PSDB-MG) acusou os contrários ao impedimento de iniciarem o tumulto : “estávamos parados e eles vieram nos pressionando. Eles querem provocar, mas nós vamos ganhar no voto”. Já o deputado Orlando Silva (PCdoB–SP) defendeu os colegas e negou a provocação.

O início da sessão teve tumulto também quando alguns deputados não conseguiram subir atrás da mesa da presidência da Câmara para erguer cartazes a favor ou contra o impeachment. Depois que uma faixa escrito “Fora Cunha” foi aberta atrás da mesa do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) proibiu qualquer tipo de faixa no plenário.

O deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO), que deu parecer favorável ao impeachment, falou sobre o documento e a palavra foi passada para as lideranças dos partidos. O deputado Leonardo Picciani, líder do PMDB e que até então se dizia aliado de Dilma, se posicionou a favor do impeachment. Em seguida, Afonso Florence, do PT, iniciou sua fala argumentando que não houve crime de responsabilidade e que por isso o impedimento é golpe.

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