Mais da metade dos assassinatos de Resende em 2015 foram resolvidos

O ajudante Sérgio Ernandes Silva de Araujo, o Naldão, de 28 anos, foi morto com tiros na cabeça na Rua dos Falcões, antiga Rua 2, no bairro Toyota, na tarde do dia 9. Dois dias antes, na noite do dia 7, outro ajudante, Fernando Ferreira Vitoriano, o Cascão, de 30 anos, foi atingido na cabeça e no pulmão na Rua dos Pica-Paus, no bairro Jardim Primavera. Para a Polícia Civil, os dois casos têm relação com o tráfico de drogas e um deles já está quase solucionado. As drogas são a principal causa dos homicídios em Resende de acordo com o delegado titular da 89ª DP (Resende), Marcelo Nunes Ribeiro, que afirma que mais da metade dos casos de 2015 foram resolvidos.

— A maioria dos crimes de Resende tem motivação pelo tráfico. São grupos que se intitulam Comando Vermelho e Terceiro Comando, mas que não chegam a ser facções. É alguém que já foi preso, conhece alguém de facção e por isso acha que faz parte, mas não é nada organizado. Aí um líder desses grupos morre ou é preso por nós e os que ficam querem mostrar força dentro de seu grupo ou para outro grupo diferente e assim acontecem os homicídios. É difícil eles se organizarem porque prendemos as lideranças, mas também é difícil para nós controlar o tráfico porque estão sempre surgindo novas pessoas querendo tomar o poder – avaliou o delegado.

Em 2015, a equipe da 89ª DP comemora um resultado positivo, sua taxa de elucidação de homicídios. O Instituto de Segurança Pública (ISP), do estado do Rio de Janeiro, aponta 27 homicídios dolosos em Resende entre janeiro e novembro de 2015. O levantamento interno da delegacia local, contudo, fala em 69 crimes. Ainda assim, segundo eles, 44 deles foram solucionados, gerando uma taxa de elucidação de homicídios de 63,77%. O último levantamento divulgado pelo ISP em relação a todo estado, do primeiro semestre de 2014, fala em apenas 20% dos casos resolvidos.

Foto de capa: Reprodução do Google Maps

Confira a matéria na íntegra nas páginas do jornal BEIRA-RIO.

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