Grupo quer manter tradição de Folia de Reis em Penedo

O grupo de Folia de Reis do Penedinho, encerra nesta quarta-feira, dia 6, Dia de Reis Magos, a jornada de apresentações pelos bairros do Penedo, em Itatiaia. A última comunidade que receberá o grupo será a localidade onde nasceu o grupo, no Penedinho, a partir das 19 horas.

Criado no começo do ano de 2010, o grupo é formado atualmente por oito pessoas (e não 14 como informado em nota publicada no mês passado), a maioria da mesma família. “A criação do grupo foi ideia de um rapaz que veio de Mirantão para trabalhar em Penedo. Ele fez um convite para o meu irmão, nos unimos e formamos a Folia de Reis do Penedinho”, explica o mestre da folia, Paulo Mariano.

Além dele, o grupo é formado pelo irmão Ricardo Mariano, que é contramestre, e pelos dois filhos e uma sobrinha de Paulo, que são instrumentistas. Alíás, a instrumentista Gilmara da Silva é a única mulher do grupo, e teve que aprender a tocar viola para participar do evento. “Fora do grupo, sou apenas violonista, e dou aulas de violão, além de cantar durante as missas daqui”, cita a jovem.

As apresentações do Penedinho acontecem sempre entre os dias 25 de dezembro (quando se celebra o Natal, nascimento de Jesus) e 6 de janeiro (dia da visita dos Reis Magos), e começam com uma missa em ação de graças em uma das igrejas da região (de São Sebastião, no Penedinho, onde foi realizada a última celebração, ou na de Nossa Senhora Aparecida, em Três Cachoeiras). Após a missa, o grupo inicia a jornada de casa em casa nos bairros por onde passa.

A Folia de Reis lembra a visita dos três Reis Magos, logo após o nascimento de Jesus. Além do mestre e do contramestre, o grupo tem outros quatro instrumentistas, que também formam o coral, o porta-estandarte e o palhaço (que representa um soldado de Herodes que estava à procura de Jesus e depois se torna cristão). Segundo o contramestre, o grupo tem por tradição entoando canções em ritmo mais voltado para o samba. Mas essa tradição varia de grupo para grupo, de acordo com a região de origem.

– Em Minas Gerais, por exemplo, o ritmo é tocado de forma mais tradicional. Aqui, temos apenas uma mulher, mas no Nordeste existem folias que têm apenas mulheres, conhecidas como Pastorinhas, e em outros lugares do Brasil temos folias mirins. E a formação da banda varia, tem lugares onde ela é marcial – resume Ricardo, que cita Angra dos Reis, Barra Mansa e Volta Redonda como os municípios do Sul Fluminense e Costa Verde onde a tradição das Folias de Reis é mais forte.

Em cada lugar por onde passa, o grupo – a exemplo de outros – recebe diversos tipos de doação, inclusive em dinheiro. Questionados sobre o que costumam fazer com o que arrecadam de dinheiro, os integrantes dizem que costumam usar mais as quantias para ajudar entidades. “O que arrecadamos geralmente vai para o Asilo Nicolino Gulhot, de Resende, ou para o Arcanjo Gabryel, em Penedo, que precisam muito mais desses recursos do que o nosso grupo. A não ser quando precisamos comprar ou fazer manutenção de instrumentos e trajes utilizados em nossa folia, ou para organizar a nossa festa de encerramento das jornadas, que acontecem no Penedinho”, completa Ricardo, que fala sobre a intenção de manter a tradição da festa no Penedo.

– A Região das Agulhas Negras tem perdido essa tradição de manter os grupos de Folias de Reis. Somos os primeiros do Penedo e pretendemos continuar com o resgate dessa tradição. Por isso, pedimos que os interessados nos procurem, queremos aumentar o nosso contingente, mas quando surgem interessados, estes só nos procuram na época da festa por acharem tudo maravilhoso e depois acabam desistindo da ideia – conclui.

Os ensaios do grupo em média começam entre os meses de agosto e outubro, o que reforça a necessidade de que essas pessoas procurem o grupo o quanto antes possível para participarem das jornadas. O telefone para contato é 3351-1249 (Paulo). Além disso o grupo tem uma página nas redes sociais (facebook.com/foliadereis.penedinho).

Fotos: Divulgação

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