O comerciante Cesar Vilela de Paiva, de 65 anos, foi sepultado na tarde desta segunda-feira, dia 28, no cemitério Alto dos Passos. Muitos amigos e familiares que acompanharam o cortejo evitaram falar sobre a morte do comerciante, cuja suspeita é que tenha sido por espancamento. Apesar de testemunhas terem dito que o corpo estava em uma caixa d’água do bairro Vila Verde, eles negaram a informação e afirmaram que César foi encontrado próximo a uma cerca.
Segundo pessoas que estavam no sepultamento, mas preferiram não mencionar seus nomes, o comerciante era alegre, gostava de dançar e passou a manhã se divertindo com amigos e parentes em seu bar, no Lavapés. Ele avisou que ia para a casa dos filhos, na Vila Verde, para almoçar e que voltaria mais tarde, o que não aconteceu. Amigos dizem ter ouvido uma confusão e em seguida informações de que o homem foi encontrado quase sem vida em uma área de matagal.
– Ele saiu e eu e outras pessoas ficamos no bar. Mais tarde começou uma movimentação e disseram que uma pessoa passou de carro e o atropelou sem prestar socorro. Depois disseram que foi espancamento. Não sabemos bem o que aconteceu – disse uma amiga da família.
– Ele disse que ia almoçar e voltaria depois para dançar mais, só que não voltou – acrescentou um parente.
Vizinhos disseram que o aparellho de telefone celular e dinheiro que estavam com Cesar não foram levados, diminuindo as suspeitas de que pudesse se tratar de um assalto. No entanto, eles ressaltaram que o homem era alegre e não se envolvia em confusões.
– Está parecendo que foi vingança, porque não levaram dinheiro, celular, nada, mas o rosto dele estava completamente modificado. Mas ele não arrumava confusão com ninguém, todo mundo gostava dele e acho que não devia ninguém, então não tem como imaginar quem possa ter feito isso – lembrou um morador do Lavapés.
– Os filhos foram avisados de que ele estava caído e acionaram os bombeiros para transferi-lo para o Hospital de Emergência. Perto do local em que ele foi encontrado tinha um pedaço em que o mato estava baixo, levantando a possibilidade de o corpo ter sido arrastado – acrescentou um familiar.
Além de comerciante há mais de dez anos, a família de Cesar de Paiva era tradicional no Lavapés por ser responsável pelo loteamento Vila Verde, onde ele morava. Ele deixa três filhos, sendo dois homens e uma mulher.