– O vereador Roque Cerqueira (PDT) confirmou que a câmera do Acesso Oeste, um dos equipamentos alugados pela Prefeitura de Resende através de um contrato de R$ 9 milhões, não está funcionando. O BEIRA-RIO revelou, em sua edição 934, que vem tentando apurar a história há 20 dias, mas que é impedido de ter acesso à Central de Monitoramento da prefeitura. Após ler o jornal, o vereador foi até a câmera, no dia 25, e apertou o botão de emergência, que não funcionou. Ele também conversou com moradores que confirmaram que a câmera não funciona. No mesmo dia, mais tarde, ele tentou entrar na Central de Monitoramento para ver as imagens da câmera ao vivo, mas, embora tenha autoridade para entrar nos órgãos públicos municipais para fiscalizá-los, foi impedido pelo superintendente de Ordem Pública, Ney Arataú de Andrade Siqueira. O vereador foi paciente e revelou que depois de esperar mais de 20 minutos, lhe prometeram uma “fita” com as imagens da câmera. Será que o vereador precisará entrar com um mandado de segurança para entrar na central e fazer seu trabalho? E se as imagens existem, por que não mostraram ao vivo?
– Outra “falha de funcionamento” nesta semana foi a energia elétrica do Procon. Diversos leitores ligaram para o jornal relatando que o órgão estava fechado devido à falta de energia elétrica e que a luz havia sido cortada por falta de pagamento. A prefeitura negou que o órgão não tivesse funcionando, mas confirmou o corte de energia por falta de pagamento. Segundo a prefeitura, “o pagamento da conta de luz do Procon não foi efetuado na data correta pois houve um extravio da conta, o que já foi resolvido”. Ah tá.
– Na semana anterior os telefones da prefeitura também haviam passado um dia inteiro sem funcionar e houve denúncias de que a linha tivesse sido cortada por falta de pagamento. Neste caso, no entanto, a prefeitura negou, afirmando que “desconhece corte de telefone na semana passada”.
– O vereador Davi de Jesus (Solidariedade) usou a tribuna da Câmara, no dia 19, para declarar que não se candidataria novamente a vereador, porque queria se dedicar mais à família e porque está muito decepcionado com tudo e que não se elegeu para passar por estes constrangimentos. Aguardando os próximos pronunciamentos e acontecimentos, é claro!
– Ainda sobre Davi, há quem garanta que ele foi mais longe e se reuniu esta semana com os “seus CCs” para explicar que talvez renuncie. Estes dizem que é uma estratégia eleitoral, que o vereador resolveu adotar o discurso de vítima e talvez realmente renuncie para ter chance de voltar em 2016. Esse povo é muito maldoso, né? O edil pode de fato estar abalado, afinal fez parte de mesa que autorizava e pagava serviços da Câmara, alguns, segundo o Ministério Público…. “fantasmas”.
– Falando no processo, os vereadores Kiko Besouchet (PP) e Bira Ritton (PP) entraram com um pedido de liminar, no dia 24, para que pudessem retornar a seus cargos na Câmara Municipal de Resende. Eles foram afastados por estarem entre os suspeitos de terem cometido fraudes em licitações da Casa Legislativa. A desembargadora relatora Marcia Cunha Silva Araujo de Carvalho recebeu os pedidos no dia 25 e no mesmo dia negou as solicitações. Em sua decisão, ela afirmou que não havia risco de a decisão de afastamento ser revertida e, por isso, não havia justificativas para ela aprovar a liminar requerida pelos vereadores.
– Já a situação do outro vereador incluso no processo, Jeremias Casemiro, o Mirim (Solidariedade), pode estar mais feia do que se imagina. Isso porque o advogado dele, Pedro Felisardo, pediu para declinar do processo na semana passada. Felisardo não quis entrar em detalhes, disse apenas que “renunciei ao processo e por uma questão ética digo apenas que por foro íntimo preferi não prosseguir com esse processo”. Então tá, então!
– O assessor de comunicação da Câmara Municipal de Resende, Flávio Colistet, e o responsável pela Divisão de Contratos da Casa, Alexandre Carvalho Pimentel, foram afastados da Câmara, no dia 26, por determinação da Justiça. Eles eram os únicos servidores mencionados como réus no processo que apura fraudes em licitações do legislativo que ainda continuavam trabalhando. Colistet, que acredita que será exonerado por ser cargo comissionado, afirmou que vai tentar reverter a decisão na Justiça, já que afirma que comprovou que os serviços assinados por ele foram devidamente prestados.
Essa noite tive o seguinte sonho: o Juiz Sergio Moro, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal foram transferidos para Resende e iniciaram a “Operação Gente Honesta” para investigar o Executivo e o Legislativo. Acordei com um PF falando: – “caramba, trouxemos poucas algemas”. COMO SERIA BOM QUE ESSE SONHO SE TORNASSE REALIDADE!