Acredite se Quiser

– Na edição 930 do jornal BEIRA-RIO, na matéria sobre as dificuldades dos moradores do bairro Jardim Primavera, em Resende, para regularizar sua casa própria, o morador Enaldo Jorge Castilho relatou que perdeu seu processo após entregar seus documentos na mão do vereador Tiago Vieira Martins, o Tisga (PPS), para que ele os entregasse à Caixa Econômica Federal do Rio de Janeiro. Tisga negou que tenha pego os documentos e acrescentou que quando foi ao Rio de Janeiro estava junto com Castilho e mais 46 famílias, já que o grupo foi em um ônibus.

– Em Resende continuam as exonerações. Desta vez, José Luiz Carvalho Vargas foi o cargo comissionado escolhido da semana. Embora não tenha uma justificativa oficial, comenta-se que a exoneração de Vargas esteja ligada ao fato de ele ter denunciado a venda ilegal de terras na Comunidade Terra Livre que acabou envolvendo o vereador Tisga, que faz parte da base aliada do governo. O próprio Vargas disse que “para manter a base aliada, o prefeito optou pela fragilidade em detrimento da legalidade”.

– Para os resendenses a novidade da semana é a confirmação de mais uma concessão. Trata-se dos serviços relacionados ao descarte dos resíduos sólidos. A empresa vencedora deve se responsabilizar pela “implantação, operação, manutenção e exploração de serviços públicos integrados de limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e serviços complementares”. O valor da concessão é de R$ 653.946.569,16 e o prazo de concessão é de 25 anos, renováveis por mais 25, e a concorrência pública está marcada para 16 de novembro.

– Pelas esquinas de Resende a festa em homenagem aos servidores, realizada no dia 27, no Ciman, começou a ser chamada de “último baile da Ilha Fiscal”. A festa, realizada em 1889, na Ilha Fiscal, no Rio de Janeiro, reuniu toda a sociedade do império e foi muito elegante, mas poucos dias depois a República foi proclamada e aquele foi considerado o baile de despedida, ainda que a corte não soubesse. Da mesma forma, os últimos presidentes da Câmara de Resende foram afastados no dia 29 e vários de seus nomes de confiança detidos ou afastados. Terá sido a festa do Ciman o baile de despedida?

– A sessão de entrega de moções da Câmara, no dia 22, parecia feita pelos vereadores para enaltecer eles mesmos. Tisga homenageou a empresa que emprestou extintores para a festa que ele fez. Soraia Balieiro (PSB) homenageou o grupo da igreja do qual também faz parte, a Pastoral da Criança. Carlos Augusto de Lima, o Barra Mansa (Solidariedade) homenageou a empresária que lhe deu trabalho quando era humilde e hoje se tornou vereador. Nada contra os homenageados, mas pegou mal a autopromoção dos vereadores.

– Na sessão anterior, do dia 20, as divergências entre eles começaram a aparecer. O assunto foi a votação sobre o aumento das tarifas de passagem de Resende, previstas para acontecer no dia 29 (após o fechamento desta edição) no Conselho Municipal de Trânsito (Comutran). Isso porque Jeremias Casemiro, o Mirim (Solidariedade) declarou que os vereadores deveriam tomar parte do assunto, já que era de interesse da população que os elegeu. Célio da Silva, o Caloca (PMDB), lembrou que quem decidia os valores eram o prefeito e o Comutran e que os vereadores nunca se inteiraram do assunto. Disse que Mirim parecia estar querendo fazer aquilo por politica, já que sabia que os vereadores não poderiam opinar. Mirim se exaltou e a Casa se mostrou dividida quanto ao assunto até mesmo após a sessão. Será que foi real?

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