Familiares e amigos dos irmãos Luiz Gustavo Prudente, de 20 anos, Luiz Felipe Prudente Magalhães, de 22 anos, e Valdeir Prudente Magalhães, de 26 anos, realizam no dia 27, às 16h, um ato público de repúdio à prisão dos três. O ato, que vai ser realizado na Praça da Concórdia, em Resende, também terá participação de segmentos religiosos e sociedade civil. Os irmãos estão presos desde julho, suspeitos de assaltarem uma joalheria, mesmo após 40 pessoas afirmarem que estavam com eles em outros locais, no momento do crime.
O Ministério Público colheu depoimentos de quatro destas testemunhas e os acrescentou ao processo que já estava em andamento. Também incluiu imagens de câmeras de Resende que mostram dois dos irmãos saindo de uma igreja evangélica após o assalto ter sido cometido, mas até hoje a família não teve acesso ao resultado da perícia nos vídeos.
A testemunha que reconheceu os irmãos como suspeitos do crime havia indicado outro suspeito anteriormente, também da família Prudente Magalhães, mas que está preso há mais de um ano. Ao saber que ele estava detido, ela fez um novo reconhecimento e apontou os outros. Apesar de a prisão ter sido realizada poucos dias após o assalto, até hoje a Polícia Civil não encontrou nenhum dos itens provenientes do assalto. A ONG Instituto dos Defensores de Direitos Humanos (DDH) está acompanhando o caso e já entrou com pedido de habeas corpus contra os três alegando que a prisão foi arbitrária, mas o pedido foi negado.
– Não queremos condenar nem absolver os rapazes antecipadamente, porque isso é papel da Justiça. O que queremos é que eles sejam tratados com respeito e dignidade, e que tenham seus direitos respeitados como todo cidadão, branco ou negro, pobre ou rico, morador do centro ou da periferia – explicou Sônia Maria de Freitas, integrante da Organização Agentes de Pastoral do Negro (APNs), que também apoia a manifestação.
