Os espectadores acompanham desde o último dia 15 o drama entre uma avó e seu neto, que estão em um necrotério aguardando o momento de reconhecimento do corpo do marido. Enquanto ainda aguardam, reaparece depois de muitos anos a filha desta senhora, também mãe do neto e filha do morto. E o momento, que deveria ser de consternação, vira palco de conflitos verbais.
Esta é a história contada na peça “Reconhecendo os Mortos”, quinto roteiro escrito por Lu Gastão para o teatro. Ele revela como conseguiu transformar a história em peça teatral. “Inicialmente, eu havia pensado em transformar esse roteiro em uma história de amor dentro do necrotério, mas a tentativa não deu muito certo e acabei parando de escrever. Com a possibilidade de incluir um conflito familiar ao invés da história de amor me fez novamente apostar no roteiro e então voltei a escrever”, explica o autor.
Segundo a sinopse, a mãe teria abandonado a família em busca da liberdade que não julgava ter em casa e se torna uma hippie. Com isso o jovem é criado pela avó, que o tempo todo bate-boca após o reencontro com a filha e ainda instiga o neto a repudiar a atitude tomada no passado pela própria mãe. E é a partir dessa história que os personagens ganham vida própria, de acordo com Gastão.
Leia mais sobre a peça “Reconhecendo os Mortos” no jornal BEIRA-RIO.
