Resenprevi deve votar contra Ático

O presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Resende (Resenprevi), Antônio Geraldo Dias Peixoto, o Chumbinho (foto), revelou nesta semana que o instituto levaria argumentos contrários à adesão do Resenprevi ao fundo de energia da empresa Ático na reunião de seu conselho deliberativo, realizada no dia 20, após o fechamento desta edição. No dia 11, a empresa havia feito uma apresentação ao instituto prometendo altos rendimentos com a aplicação e levando insegurança aos servidores, já que é o Resenprevi que custeia suas aposentadorias.

— Ainda não respondemos, mas na quinta-feira (dia 20), na próxima reunião do conselho deliberativo, levaremos argumentos para votar contra. É um fundo só de energia e evitamos investimentos em só um tipo de papel. E a internet hoje é muito boa nesse sentido, se quero saber se alguém é uma boa pessoa é só colocar o nome completo. O mercado financeiro é muito sensível, então imagine pegar uma empresa que só tem um tipo de papel e com risco institucional – declarou Chumbinho.

A polêmica em torno do investimento começou inicialmente porque a reunião em que a empresa apresentou a proposta de investimento aconteceu a portas fechadas, na prefeitura de Resende e sem a participação da empresa que presta consultoria ao Resenprevi, a Crédito e Mercado Gestão de Valores Imobiliários. Além disso, a empresa é mencionada pela Polícia Federal em uma operação que investiga fundos de investimentos que ajudaram a “quebrar” institutos municipais de previdência do país.

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Nota da redação: Na noite de quinta-feira, dia 20, Antônio Geraldo Dias Peixoto, confirmou a informação que havia antecipado em entrevista exclusiva ao BEIRA-RIO de que na reunião realizada poucas horas antes o conselho do Resenprevi havia negado o investimento proposto pela Ático.

Já a empresa, em nome do Grupo Ático,  informou em nota enviada ao jornal BEIRA-RIO no final da tarde desta sexta-feira, dia 21, que “atua com elevados instrumentos de governança, processos de controles internos e ferramentas jurídicas para garantir idoneidade de seus investimentos e operações”. Ainda de acordo com a assessoria de comunicação, uma de suas empresas, a Bolt Energias, “acaba de receber um rating ‘A-(bra)’ da Fitch, uma das três maiores agências de classificação de riscos do mundo, por sua capacidade de gestão, perfil satisfatório de crédito e desenvolvimento operacional sustentável”.

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