Há exatamente um mês, o jornal BEIRA-RIO, em sua 894ª edição, publicou uma matéria apontando que a obra de reforma da nova sede do Ministério Público Federal (MPF) apresentava riscos ao Palacete ao lado, na Rua Cônego Bulcão. O palacete foi construído de pau a pique, em meados do século XIX, e dificilmente suas estruturas aguentariam a movimentação de um bate-estaca ao lado. Três semanas após a matéria, a família que mora no local começou a perceber o aparecimento de rachaduras nas paredes, pedaços de reboco caindo e portas e janelas empenadas.
— Eu estava no Rio com minha filha e quando cheguei estava almoçando e a casa inteira balançou, a mesa e tudo. Falei “Mara, é um terremoto” e quando cheguei na janela vi um bate estaca funcionando na obra ao lado. Aí minha filha veio falando que a porta do guarda-roupas caiu no pé dela – relatou Yeda Abras Alves, uma das moradoras do palacete.
A filha dela, a médica Márcia Alves falou que nem sabia que a obra estava sendo realizada com apoio de bate estaca e que só se deu conta do problema no dia em que a porta do armário caiu em seu pé.
— Vi que estava caindo minha casa. Caiu a porta com espelho no meu pé, voou no meu dedão. Essa semana é que viemos para cá e vimos, nem sabia que tinha esse bate estaca – acrescentou Alves.
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