Acredite se Quiser

– O vereador Roque Cerqueira (PDT) demonstrou ter ficado realmente magoado com as eleições para a escolha da mesa diretora da Câmara Municipal de Resende para o biênio 2015-2016. Ele foi candidato da chapa perdedora e, faltando dias para o pleito, abdicou em benefício do vereador Célio Caloca (PMDB), mas nem assim o grupo teve êxito na eleição. Na sessão do dia 5, enquanto usava a tribuna da Casa, chamou o prefeito José Rechuan Junior (PP) de traíra por prometer que ajudaria o grupo a vencer a eleição caso ele abrisse mão da presidência e não cumprir. Ele diz que o prefeito não o atende há dois meses e, por isso, mesmo que não goste, passará a ser oposição. Em sua fala, ele ainda comentou que o requerimento 003/15 feito pelo colega Kiko Besouchet (PP) na sessão do dia 3, pedindo informações sobre o serviço de coleta de lixo de Resende, é para “queimar” o atual secretário de Serviços Públicos, Valdir Macarrão. “Acho que é para queimar, porque esse governo não fala, ele manda embora. Mandou o Fontanezi (Paulo Fontanezi, ex-presidente da Amar) embora, o Edgar Moreira (ex-secretário de Indústria Tecnologia e Serviços), o Wagner Camilo (ex-superintendente de Eventos). Nenhum deles ele comunicou que ia mandar embora”, declarou Roque Cerqueira.

– Em sua fala, o vereador ainda criticou a ausência de repasses para a Apmir (Associação de Proteção à Maternidade e Infância de Resende), onde sua esposa é a diretora. Segundo ele, enquanto outros governos mantinham a entidade, o atual repassa apenas R$ 80 ou 90 mil por mês, quantia insuficiente para mantê-lo. A verba para implantação da UTI Neonatal no local, de R$ 1 milhão, teria sido adquirida pelo próprio vereador e não pelo prefeito. Ainda assim, ele afirma que a mulher continua à frente da instituição, enquanto puder.

– Se Roque Cerqueira afirma que agora é oposição, o mesmo não se pode dizer do antigo vereador de oposição Thiago Martins, o Tisga (PPS). Cada vez mais próximo do governo municipal desde que o presidente de seu partido, Jayme Muniz, assumiu a Secretaria de Indústria, Tecnologia e Serviços, ele não apenas evita críticas como não perde oportunidades de elogiar o prefeito.

– E foi aprovado na Casa o projeto que cria o Fundo Especial da Câmara Municipal de Resende (FECMR), aquele que os vereadores criaram com o intuito de utilizar o dinheiro que sobra do Orçamento da Câmara, ao final do exercício, ao invés de devolvê-lo aos cofres do Executivo. A primeira votação foi na sessão do dia 3, segunda na do dia 5 e redação final na sessão do dia 10. Mesmo com aprovação unânime, as conversinhas de bastidores entre Tiago Forastieri (PSC) e Kiko Besouchet mostravam que os vereadores já sabem o destino do projeto: o prefeito vai vetar.

– Ainda sobre a Casa, a votação das comissões permanentes aconteceu na tarde do dia 5, antes da sessão. A vereadora Soraia Balieiro (PSB) foi à Casa mesmo doente, um dia após ter contraído dengue, e foi embora antes da sessão. “Se eu não viesse ia ficar sem nada”, comentou ao sair do local. A visita deu certo, já que a vereadora continua presidindo a Comissão Permanente de Educação e ainda faz parte das Comissões Permanentes de Defesa das Pessoas com Deficiência e do Idoso e Fiscalização.

– Em Quatis o assunto da semana foi a segurança. Isso porque o município ganhou, no dia 10, um Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO), que fica no Centro. Vereadores e prefeitos participaram da inauguração e lembraram que a demanda da população já era antiga. No entanto, leitores do jornal BEIRA-RIO têm apontado que os principais problemas da cidade, principalmente furtos de animais e equipamentos, têm acontecido na zona rural. Resta torcer para que os agentes do DPO tenham alguma estratégia voltada para estes locais.