Antiquarista mais antiga de Resende promove exposição de despedida

É com um sorriso no rosto que Maria Eury Roldán, de 83 anos, recebe os visitantes de sua casa, onde está realizando a dupla exposição “Cyprien Roldán” e “Adieu Chaumière”, até o final de setembro. Antiquarista com quase 50 anos de experiência e conhecida em mais de 12 países, como ela mesmo lembra, está fazendo a exposição para se despedir de seus clientes e amigos e “aposentar”.

— Nesses anos de trabalho comprei minha casa, conquistei amigos, pois sinto que tenho amigos. Cada cliente que fiz foi um amigo. Às vezes eu até emprestava móveis, dizia que não precisava comprar. O Roberto Carlos dizia que queria ter um milhão de amigos e posso dizer que tive. Minha intenção agora é voltar ao convento, ter uma vida religiosa e ficar com amigos, como os da família Boff (referindo-se ao filósofo Leonardo). Lá eu fui semi-interna da Congregação das Servas de Maria e sou amiga das freiras até hoje – explicou a antiquarista sobre o evento que, na verdade, marca sua despedida.

Maria Eury nasceu em Pernambuco, de onde saiu para o Rio de Janeiro, em 1938, ainda criança, quando “os navios estavam sendo derrubados para forçar o Brasil a entrar na guerra”, durante a 2ª Guerra Mundial, como ela explicou. Viveu muitos anos no convento, de onde só saiu para se casar. Um dia, durante uma ida à igreja, conheceu o engenheiro francês que estava trabalhando na obra de reforma da mesma e que iria mudar sua vida para sempre: Cyprien Roldán.

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