A subsecretaria de Integração e Planejamento do estado do Rio de Janeiro realizou uma coletiva de imprensa no dia 20 para apresentar o prédio da 5ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), que seria inaugurado no dia seguinte, dia 20, com a presença de integrantes do Governo do Estado. O prédio irá abrigar os comandos do 5ª Comando de Policiamento de Área (CPA) da Polícia Militar, e seu comandante Coronel Sérgio Mendes, e do Departamento de Polícia de Área (DPA) da Polícia Civil, com seu diretor Ricardo Martins, de 20 cidades da região, fazendo com que as duas polícias passem a trabalhar juntas e tenham um trabalho de monitoramento, pesquisa e inteligência em comum. Os comandantes já devem estar atuando no local a partir da próxima semana.
O subsecretário de Planejamento, Roberto Sá, explicou que desde 2009 as duas polícias já estão trabalhando através de gestão por resultados, ou seja, eles devem cumprir as metas estabelecidas pelo Governo do Estado e há uma competição entre as regiões fluminenses para aquelas que atingem os menores índices de criminalidade, que são mensurados a cada seis meses. Desde então, o Sul Fluminense já foi premiado três vezes. Os índices são aferidos com base nos números de homicídios, lesões corporais seguidas de morte, resistência, roubos e furtos de veículos e os chamados “roubos de rua”.
– São dados que não têm como mascarar porque, nos casos de violência, não tem como desaparecer o corpo, a família vai reclamar e assim teremos a ocorrência. O carro, por ser um patrimônio caro, as pessoas também sempre denunciam quando é roubado e os roubos de rua é que não tem como a gente saber, porque nem todo mundo denuncia. Mas a partir do momento em que é feito o registro, não tem como manipular esses dados – disse Sá, esclarecendo que tráfico de drogas não entra no sistema de metas.
Ainda assim, eles consideravam que faltava um trabalho mais voltado para a inteligência e a prevenção dos crimes.
– A Civil sempre trabalhou com investigação e a Militar é mais ostensiva. Pelo fato de o foco da atuação ser o tráfico, a ação sempre foi mais bélica e abandonamos o estudo do crime, do ser humano, que é necessário para aplicar até as ações bélicas com mais racionalidade. Para prevenir o crime é importante estudar o comportamento do crime. Isso vai permitir que a polícia ostensiva aja no local correto, permitindo também à polícia investigativa um trabalho melhor – esclareceu o subsecretário.
Por isso, no prédio do Risp há um sistema de monitoramento por câmeras, sala de vídeo monitoramento, sala de análise criminal e teleconferência com vagas para atuarem agentes das duas polícias. As salas dos dois comandantes também são separadas por apenas uma parede, aproximando seus trabalhos. Futuramente funcionará ainda um serviço de teleatendimento, em uma sala que já está equipada para este uso. Com a mudança, o local onde atualmente funciona o DPA será ocupado pela corregedoria de polícia e o 5º CPA destinará mais salas ao 37º BPM (Batalhão de Polícia Militar).
O 5º Risp é o segundo Risp inaugurado pelo Governo do Estado, logo após o de Campos, pelo fato de a subsecretaria ter conseguido o terreno para a obra, doado pelo município de Volta Redonda, rapidamente. Ele atenderá as cidades de Barra do Piraí, Valença, Rio das Flores, Piraí, Vassouras, Miguel Pereira, Paty do Alferes, Mendes, Engenheiro Paulo de Frontin, Barra Mansa, Volta Redonda, Pinheiral, Mangaratiba, Angra dos Reis, Paraty, Rio Claro, Resende, Itatiaia, Porto Real, Quatis e Paraíba do Sul. A obra foi iniciada em 2012 e terminou agora, embora tenha sido prevista para seis meses, custou R$ 3 milhões e foi custeada com recursos da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop).


