As margens dos rios Sesmaria (foto) e Paraíba do Sul, no Centro de Resende, estão repletas de plantas ao redor, mas que segundo os moradores estão estreitando a passagem das águas do Sesmaria no momento que este desagua no Paraíba. O problema se assemelha ao encontrado no bairro Mirante das Agulhas, onde Antônio Albino Filho, o Velho do Lago, vem lutando contra o desaparecimento do Lago do Mirante.
De acordo com uma moradora do edifício Solar do Rio, existe preocupação daqueles que vivem às margens do Sesmaria. “O problema é que se não houver o controle dessas plantas, elas vão acabar fechando a passagem do Sesmaria para o Paraíba e causar mais alagamentos. Sem contar que isso está dando nojo porque o lixo está se acumulando misturado à vegetação”.
Ela também ironiza o fato de uma das margens do Paraíba, no Campos Elíseos, onde ficam estabelecimentos comerciais, estar limpa, e a outra, no Centro, repleta de plantas.
– Aqui no lado do Centro, onde costumam ficar as capivaras, é o lado que precisa de maior limpeza, até as pilastras da Ponte Velha estão repletas dessas plantas. Muitas pessoas tem fotografado o local e um rapaz chegou a retirar parte dessas plantas e aliviou um pouco, mas nem sempre essa limpeza é feita – finaliza.
Em nota, a Agência de Meio Ambiente de Resende (Amar) informou que na terça-feira, dia 18, técnicos da agência, acompanhados da equipe de Hidrologia do Inea (Instituto Estadual de Ambiente) percorreram de barco toda a extensão do Rio Sesmaria até a divisa com São José do Barreiro, bem como os rios Alambari e Paraíba do Sul. Nesta vistoria, foram detectados pontos com intensa presença de vegetação formada basicamente pelo tipo braquiária, constatando assim, a necessidade de limpeza com a retirada de sedimentos que causam represamento do rio. A Amar esclarece que os rios são de responsabilidade federal e estadual e que o serviço compete ao Inea.
