Ação Civil pública contra PMs acusados de extorsão

Quatro policiais militares do 37º Batalhão (Resende) terão que responder à Justiça pelo crime de extorsão. A Promotoria de Resende ajuizou ação civil pública contra os policiais presos em maio deste ano. O Ministério Público divulgou a ação:

“A Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Resende ajuizou ação civil pública por atos de improbidade administrativa contra o tenente Rafael Farnochi Cordeiro, o sargento Evandro de Souza Nascimento Brasileiro e os cabos Auriston de Freitas Pereira e Alexandre Correa Alves, da Polícia Militar. A Promotoria requereu, ainda, que os policiais militares, que são acusados de extorquir dois comerciantes da cidade, sejam imediatamente afastados dos cargos que ocupam no 37º Batalhão de Polícia Militar e privados de qualquer função policial-militar, enquanto durar o processo.

De acordo com a ação, na madrugada do dia 4 de maio deste ano, os policiais militares foram a um bar de Resende e simularam a apreensão de drogas no local. Eles ameaçaram os donos do estabelecimento e exigiram R$ 10 mil para não levá-los à delegacia. Os proprietários argumentaram que o material entorpecente não lhes pertencia e se negaram a entregar o valor, que depois foi reduzido para R$ 5 mil a ser entregue em cinco dias. Em seguida, eles foram embora.

Os proprietários decidiram então instalar câmeras no bar e conseguiram gravar os policiais militares cobrando os R$ 5 mil em outras ocasiões, mediante ameaças de que “encheriam o bar de tiro”. Alexandre Alves e Evandro de Souza também foram flagrados pela câmera ingerindo bebida alcóolica no horário do expediente.

No dia 12 de maio, os policiais Farnochi, Freitas e Evandro de Souza voltaram ao bar para exigir novamente a quantia de R$ 5 mil.

No dia 17 de maio, em operação conjunta da 1ª Promotoria de Justiça Criminal da Comarca de Resende e da 5ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, os policiais Farnochi e Freitas foram surpreendidos após receberem a quantia.

Se condenados na ação civil pública por atos de improbidade administrativa, os policiais militares poderão perder seus cargos e ser obrigados a devolver os valores acrescidos ilicitamente aos seus patrimônios”.

O comandante do 37º Batalhão, Rogério Figueiredo, informou à redação do jornal BEIRA-RIO que o tenente Farnochi está preso na Unidade Prisional Militar da Polícia Militar no Rio de Janeiro e além da ação civil pública, também responde a uma auditoria militar e ao Conselho de Justificação do órgão. Os outros três policiais continuam lotados no 37º Batalhão realizando trabalhos administrativos e igualmente respondem ao processo militar.

Foto: Reprodução/TV Rio Sul

Fonte: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro

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