Até o fechamento desta edição, continuava em andamento a manifestação promovida em Resende no dia 11, com previsão de concentração às 18 horas na Prefeitura e com presença dos manifestantes às 19 horas em frente à Câmara. Durante o evento, foram reivindicadas as pautas nacionais e municipais discutidas e votadas durante a plenária realizada na tarde do dia 7, no anfiteatro do Parque Tobogã, no bairro Vila Julieta.
Entre as reivindicações da pauta nacional estão a reforma política com foco no financiamento público de campanha e fim dos privilégios nos mandatos, apoio à greve geral nacional do dia 11, cobrança de agilidade na apuração das denúncias de corrupção e fim da impunidade. E entre as da pauta municipal estão as CPIs da privatização da Águas das Agulhas Negras, do Dossiê Cruz, do Transporte e Lei de Incentivo à Cultura, a redução dos Cargos Comissionados, a melhoria dos serviços de educação e saúde, a reestruturação e capacitação dos conselhos municipais e o Combate aos Crimes Ambientais (Lagoa Turfeira, derramamento de óleo e chorume, entre outros).
O jornal BEIRA-RIO vem acompanhando todas as manifestações nos últimos anos em Resende, e verificou que o primeiro protesto aconteceu no ano de 2011, em pleno mês de maio, quando estudantes questionaram o valor da tarifa paga pelos usuários dos ônibus, promovido pelo estudante Renan Marassi. No entanto, com a popularização dos atos ocorridos em todo o território nacional, os protestos vêm se intensificando nos últimos dois meses no município e ganhando mais público (fotos). O fenômeno das manifestações, tanto em Resende como no restante do país, se explica por uma série de fatores, conforme cita o sociólogo Gilberto Caldas.
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