Os moradores de Porto Real podem assistir gratuitamente nesta terça-feira, dia 4, a documentários que serão exibidos durante a 1ª Mostra Itinerante Histórias que Ficam, da Fundação CSN. Os filmes serão apresentados a partir das 19h no Ginásio Poliesportivo Gustavo Pereira, no Bairro de Fátima.
“Essa mostra é de grande importância para cidade porque aqui não temos salas de cinema. Acredito que alguns moradores nunca assistiram a um filme no telão. Por isso, essa pode ser a experiência de ir ao cinema pela primeira vez”, afirma Luzia Pires, diretora da Divisão de Cultura, da Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Porto Real.
O programa Histórias que Ficam, lançado em 2011, traz para Porto Real o tema Memória. A primeira edição do Histórias que Ficam selecionou quatro produções entre 350 inscritos de todo o país. As produções selecionadas foram: “Balões, lembranças e pedaços de nossas vidas” de Frederico Pinto, do Rio Grande do Sul; “Os Dias com Ele”, de Maria Clara Escobar, de São Paulo; “O Prólogo”, de Gabriel Marinho, de Brasília; e “O Mestre e o Divino”, de Tiago Campos, de Pernambuco.
Acompanhe abaixo as sinopses dos filmes apresentados:
“O Mestre e o Divino” – Direção: Tiago Campos – Produtora – Vídeo nas Aldeias (Pernambuco)
Sinopse: Adalbert Heide, um excêntrico missionário salesiano nascido na Alemanha, vive em Sangradouro, Mato Grosso, desde 1967. Inspirado no clássico filme de faroeste Winnitou, Adalbert filma há 40 anos, a missão e os índios da aldeia travestindo-se em um deles e aparecendo, no meio de seus próprios filmes, maquiado e vestido com uma peruca que mandou fazer na Alemanha. Divino Tserewahu, cineasta Xavante, e um dos primeiros alunos do projeto Vídeo nas Aldeias, escola de cinema para povos indígenas, filma em Sangradouro, onde nasceu, desde 1990. Entre cumplicidade e competição, estes dois personagens dão vida aos seus registros históricos. O filme retrata a relação histórica entre a missão e a aldeia através do mestre alemão e Divino, de suas relações, e de seus olhares sobre aquela realidade.
“Os Dias com Ele” – Direção: Maria Clara Escobar – Produtora – Filmes de Abril (São Paulo)
Sinopse: Uma jovem cineasta mergulha no passado quase desconhecido de seu pai. As descobertas e frustrações de acessar a memória de um homem e de uma parte da história que são raramente expostos. Ele, um intelectual brasileiro, preso e torturado durante a ditadura militar não fala sobre isso desde aquele tempo. Ela, uma filha em busca de sua identidade.
“O Prólogo” – Diretor: Gabriel Marinho – Produtora – Villa-Lobos Produções (Distrito Federal)
Sinopse: “O Prólogo” discute o uso da propaganda política através do cinema e da televisão na década de 1960 e desvenda a cultura dos antigos curtas-metragens que passavam antes das sessões de cinema no Brasil. A partir do depoimento dos profissionais envolvidos e de imagens de arquivo, o documentário conta a história dos cinejornais feitos naquela época, a maioria encomendada pelo Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais, o IPES, instituição atuante cuja finalidade era integrar os diversos movimentos sociais de direita para que pudessem “deter o avanço do comunismo soviético no Ocidente”.
“Balões, lembranças e pedaços de nossas vidas” – Diretor: Frederico Pinto – Produtora – Armazém de Imagens (Rio Grande do Sul)
Sinopse: Dione, Leda, Graça, Cláudia. Quatro mulheres lembram-se de suas vidas a partir de imagens de festas de aniversário. As histórias são entremeadas por relatos pessoais do diretor, que também reflete sobre sua vida a partir dessas celebrações.
Fonte: Assessoria de Comunicação (PMPR)
