No Dia de Hoje – 30 de agosto

No dia 30 de agosto de 2002, o avião 4823 da Rico Linhas Aéreas, que voava de Cruzeiro do Sul até Rio Branco, no estado do Acre, chocou-se contra uma propriedade particular no ramal do Chapada, divisa entre a capital acreana e Bujari, atingindo árvores e animais que estavam no pasto. A queda da aeronave Brasília/ PT-WRQ matou 23 pessoas e deixou oito feridas.

Segundo informações da imprensa, o trajeto do avião começou com céu limpo até a aeronave se aproximar de Rio Branco, quando o tempo escureceu, trazendo uma chuva leve caia e o piloto Paulo Roberto Tavares e o co-piloto, Paulo Roberto Nascimento pediram autorização para pousar no aeroporto da capital. No entanto, após o diálogo entre os tripulantes e a torre de comando, e de sete tentativas de pouso, um forte barulho foi registrado.

Os trabalhadores da fazenda aonde a aeronave caiu, foram os primeiros a prestar socorro às vítimas. Não havia veículo para levar os feridos. Com a chuva que caia, o ramal ficou intrafegável. Uma repórter que esteve no local fazendo a cobertura, Lenilda Cavalcante, foi uma das interlocutoras que chamou a população, a pedido do Corpo de Bombeiros que não tinha suporte para atender grandes acidentes, para que comparecesse com outras caminhonetas para ajudar no socorro aos feridos.

Até hoje a causa do acidente não está bem esclarecida. Ou seja, essa pergunta até hoje não possui resposta satisfatória ou categórica. Uns falam em “Tesoura de Vento”, outros em falta de combustível, e ainda existe quem defenda a hipótese de falha no aparelho. Porém, um laudo pericial do Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) tirou a hipótese de falha mecânica, elétrica ou hidráulica. Havia combustível suficiente.

“Falha humana” poderia ter sido apontada como causa do acidente, no entanto, o documento técnico apresentado em 08 de julho de 2004 concentra-se em dizer que é de caráter preventivo ou de alerta. Ou seja, não acusa com propriedade se foi ou não falha humana.

Em um dos trechos do laudo pericial composto por 26 páginas, o Cenipa descartou a ideia de que “eventos metrológicos pudessem levar a aeronave a altitudes anormais ás de deslocamento na aproximação final para pouso. Quatro testemunhas sobreviventes informaram não haver turbulência durante a aproximação, até o momento do impacto” e que “o combustível remanescentes nos tanques da aeronave contava com cerca de 1.057kg, suficiente para uma autonomia de aproximadamente 2h30 de voo”.

Outro fator que chamou atenção no laudo foi o perfil psicológico dos tripulantes. Durante as pesquisas e diversas entrevistas realizadas pelo órgão, foi constatado “ansiedade, aspecto perceptivo e da atenção, hábitos adquiridos, improvisação, excesso de autoconfiança e relacionamento interpessoal entre eles”. É possível que a junção desses aspectos tenha propiciado uma situação onde se consta que as normas de Segurança de Voo na operação da aeronave não foram adequadamente observadas e consideradas.

Foto: Reprodução/O Rio Branco

Fonte: O Rio Branco

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