No Dia de Hoje – 26 de setembro

No dia 26 de setembro de 1945, nascia em Salvador, na Bahia, Maria da Graça Costa Penna Burgos. Nacionalmente conhecida como Gal Costa, é uma cantora e compositora eleita como a sétima maior voz da música brasileira pela revista Rolling Stone Brasil, em 2012. Criada pela mãe, Mariah Penna, e pelos parentes, Gal teve principalmente em Mariah uma incentivadora musical.

Em 1963 foi apresentada a Caetano Veloso por Dedé Gadelha, mulher do também músico e compositor, iniciando-se a partir uma grande amizade e profunda admiração mútua entre eles, que perdura até hoje e que abriu portas para a cantora no cenário musical.

Gal estreou ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Tom Zé e outros, o espetáculo “Nós, Por Exemplo”, em 1964, que inaugurou o Teatro Vila Velha, em Salvador. Neste mesmo ano participou de Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova, no mesmo local e com os mesmos parceiros. Deixou Salvador para viver na casa da prima Nívea, no Rio de Janeiro, seguindo os passos de Maria Bethânia, que havia estourado como cantora no espetáculo Opinião.

Em 1968 participou do disco Tropicália ou Panis et Circencis (1968), com as canções Mamãe Coragem (Caetano Veloso e Torquato Neto), Parque Industrial (Tom Zé) e Enquanto seu lobo não vem (Caetano Veloso), além de Baby (Caetano Veloso), o primeiro grande sucesso solo, que se tornou um clássico.

A primeira gravação em disco se deu no disco de estreia de Maria Bethânia (1965): o duo Sol Negro (Caetano Veloso), seguido do primeiro compacto, com as canções Eu vim da Bahia, de Gilberto Gil, e Sim, foi você, de Caetano Veloso – ambos lançados pela gravadora RCA, que posteriormente transformou-se em BMG (atualmente Sony BMG) – gravadora à qual Gal retornaria em 1984, com o álbum Profana.

Em 1975, voltou a se apresentar com os colegas Gil, Caetano e Bethânia, participando do show “Doces Bárbaros”, nome do grupo batizado e idealizado por Bethânia, espetáculo que rodou o Brasil e gerou o disco e o filme Doces Bárbaros. O disco é considerado uma obra-prima; apesar disto, curiosamente na época do lançamento (1976) foi duramente criticado.

Doces Bárbaros foi um dos mais importantes grupos da contracultura dos anos 70 e, ao longo dos anos, foi tema de filme, DVD, enredo da escola de samba Estação Primeira de Mangueira em 1994 com o enredo Atrás da verde-e-rosa só não vai quem já morreu, já comandaram trio elétrico no carnaval de Salvador, espetáculos na praia de Copacabana.

Nos anos posteriores, fez sucesso com canções que viraram temas de abertura de novelas, como “Modinha para Gabriela”, de Dorival Caymmi, e “Brasil”, de Cazuza. E também gerou polêmica durante uma apresentação em 1993, quando divulgou o disco “O sorriso do gato de Alice” ao cantar a música “Brasil” com os seios nus.

Nos últimos anos, ela seguiu realizando turnês com homenagens a compositores como Lupicínio Rodrigues, em 2015; lançou o disco Estratosférica, comemorando seus cinquenta de carreira, recheado de compositores novos como Céu, Criollo, Artur Nogueira, Malu Magalhães, e antigos colegas como Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Tom Zé, Guilherme Arantes e João Donato; foi ouvida pelo mundo, tendo sua voz em canções com Até quem sabe, Pontos de Luz e Vapor Barato sendo regravadas ou sampleadas por artistas e DJs, em 2016, ano em que também integrou um grupo de artistas, como Zélia Duncan, Elba Ramalho, Zeca Baleiro e Maria Gadú, que saíram em turnê com o Prêmio da Música Brasileira em homenagem à Gonzaguinha.

Seu último trabalho antes da pandemia, em 2019, foi o lançamento do show A Pele do Futuro, com direção musical de Pupillo e direção geral de Marcus Preto, que virou um CD duplo e DVD. A exemplo de outros artistas da música, segue se apresentando através de lives, sendo que uma dessas apresentações aconteceu em 28 de maio deste ano, em São Paulo, com clássicos como “Baby” e “Coração Vagabundo” no repertório.

Foto: Julia Rodrigues/Divulgação

Fontes: Wikipédia e Folha de Pernambuco

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