No Dia de Hoje – 26 de agosto

Sociedade civil e partidos de oposição protestaram contra omissão em corrupção e privatizações (Foto: Ormuzd Alves/Folhapress)

Em 26 de agosto de 1999, durante o segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), acontece uma grande manifestação contra seu governo, conhecida como a Marcha dos 100 mil de Brasília. O ato organizado por entidades da sociedade civil, sindicatos e partidos de oposição reuniu cerca de 100 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, em protesto contra as privatizações e a negligência do governo com casos de corrupção.

Embora o comando do PT, um dos partidos que encabeçavam o evento, tivesse vetado a palavra de ordem “Fora FHC”, manifestantes exibiram faixas com a expressão. Ainda que tenha ficado conhecida pelo número de manifestantes citado, essa estatística é considerada controversa, já que a polícia do Distrito Federal calculou a multidão em 40 mil manifestantes. Uma vista aérea produzida pelas redes de televisão sugeriu que eram pelo menos 75 mil. Já os organizadores calcularam cem mil pessoas.

Foi a primeira grande manifestação contra FHC em seis anos, ocasionadas pelas ações de seu Governo, que causaram insatisfações em alguns setores da sociedade brasileira, em especial, as relacionadas com o programa de venda de empresas estatais. Também dividia os brasileiros a possibilidade do impeachment do Presidente por conta das investigações sobre o caso da privatização da Telebrás (o que nunca ocorreu), o inconformismo com denúncias sobre corrupção, e a CPI sobre a privatização da Telebrás.

A manifestação foi marcada no início de Agosto de 1999, em meio da queda de popularidade do Presidente (chegando entre 40% a 50% de rejeição, segundo pesquisas de maio a julho de 1999), pelos resultados negativos de combate ao desemprego que atingiu mais de 10 milhões de brasileiros (só 1 milhão em até Julho de 1999, por causa da crise de 1998-1999), e pela alta de juros altos que impede a produção industrial nacional e o comércio.

Na manhã do dia 26 de agosto, como havia sido previsto, a marcha começou nas áreas pobres do Distrito Federal e desembocou na Esplanada dos Ministérios no início de tarde. A marcha reuniu também integrantes dos partidos da oposição do país e coincidiu com manifestações dos ruralistas em vários estados brasileiros, em protesto contra os efeitos da economia, pois foram prejudicados pela alta do dólar, o que os obrigou a aumentarem os preços de seus produtos.

Com isso, a popularidade de FHC, conquistada pelo êxito do Plano Real no primeiro mandato, caiu ao longo do segundo período, não permitindo que o presidente elegesse seu sucessor em 2002.

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Fontes: Memorial da Democracia e Wikipédia

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