A Profecia. (Não foi 7 a 1. Foi 1 a 7)

Ontem (estou escrevendo este texto na sexta-feira, dia 9 de julho) fez sete anos da segunda maior tragédia futebolística do nosso país, o vergonhoso 7 x 1 para a Alemanha, no Mineirão, na Copa de 2014. No maracanaço, em 1950 o sentimento foi de tristeza, já o 7 x 1 foi de vergonha mesmo.

O que muita gente, ou certamente a maioria, não percebeu é que naquela fatídica tarde na capital mineira estava sendo dado um alerta para uma tragédia muitas vezes, mas muitas vezes maior, que viria atingir nosso país, num futuro muito próximo. Justamente quatro anos depois, ano da Copa do Mundo seguinte.

O menos entendido em futebol sabe, ou pelo menos deduz, que o chamado mando de campo, no jargão do nobre esporte bretão, significa que o jogo será realizado na casa do time que aparece em primeiro lugar. Portanto como o mando de campo daquele jogo era do Brasil, afinal a Copa era aqui, o jogo era então Brasil x Alemanha. Dedução lógica: não foi 7 x 1, já que o jogo não foi na Alemanha, e sim 1 x 7.

Acho que o leitor já entendeu onde estamos chegando. 1 x 7. O ‘X’ da questão é só tirar o ‘X’. Sobra o 17. Esta era a previsão macabra que os deuses, ou sabe-se lá quem resolveu enviar aos brasileiros, justamente no resultado de um jogo do esporte mais popular do país, na maior competição do planeta. Foi o jeito que o destino, arrumou para que o povão, o cidadão mais simples, pudesse entender o risco que estaríamos correndo em pouco tempo. Mas o povão não percebeu o alerta dos céus e votou no 17 em 2018. Deu no que deu. Mergulhamos no mais arrepiante ostracismo da nossa história.

E ontem, como se a comemorar a vergonhosa data o pseudo-presidente da República disse, em resposta a indagações da CPI da Pandemia: “Caguei pra CPI, não vou responder nada”. Disse isso ao lado daquele Zé Mané, que foi astronauta e que hoje é ministro de um governo que prega que a Terra é plana. A tradutora de Libras vibrou ao traduzir a fecal expressão, o que até me fez pensar que a fala havia sido combinada antes de ir ao ar. Imaginem se fosse o Lula, a grande mídia e o Judiciário o teriam condenado à forca.

Vale registrar que a Folha de São Paulo destoou do marasmo e na edição desse mesmo dia 8, fez a manchete expondo o resultado de uma recente pesquisa do Datafolha que revelou que mais da metade dos brasileiros acham o inominável que ocupa a cadeira principal do Palácio do Planalto: DESONESTO, FALSO, INCOMPETENTE, DESPREPARADO, INDECISO, AUTORITÁRIO e POUCO INTELIGENTE (em bom português: BURRO). Eu acrescentaria: CORRUPTO e GENOCIDA. Chega de 7 a 1. Ou de 1 a 7. Impeachment-Já! E cadeia a seguir.

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