Uma surpresa no Boletim Oficial da Prefeitura de Resende mobilizou a comunidade escolar da Escola Municipal Surubi, que fica no bairro Surubi Velho. A surpresa foi publicada na sexta-feira, dia 23 de junho e muda o nome da escola. O problema é que a ação foi feita sem ouvir profissionais de Educação da unidade ou os moradores do bairro.
A primeira surpresa não tão boa assim acabou virando uma ótima segunda surpresa, quando o vereador Fábio Lucas (Avante), autor da Lei nº 3.661, atendeu a direção da escola para conversar, na manhã do dia 30 e garantiu a revogação da lei. A lei que denominou o nome de Escola Municipal Professor Rubem Barbosa Rosadas, sem qualquer demérito ao homenageado será revogada.
Sem saber o que realmente havia acontecido, a direção da escola só descobriu a mudança porque foi atualizar o cadastro do sistema de notas e deu conflito no sistema da prefeitura. A direção e os funcionários criaram um abaixo-assinado pedindo a retificação, revogação e/ou cancelamento da nova denominação da Escola, sendo descrita como “tradicional e formadora de mais de três gerações, com mais de 50 anos de existência”.
“Vale salientar nosso sincero apreço e reconhecimento a Biografia do Sr. Professor Rosadas, ora citado. Solicitamos a manutenção do nome Escola Municipal Surubi. O bairro dispõe de grandes nomes para as nomeações, fazendo jus a história e biografia dos nossos conterrâneos”, completa o texto, na página do abaixo-assinado.
Ao visitar a instituição, nesta quarta-feira, o vereador ficou sabendo, através das diretoras, que o nome da escola é uma homenagem ao bairro e a vila de pescadores que originou o bairro, sendo esta vila uma das comunidades mais antigas da cidade. E que o nome também é uma homenagem ao principal peixe pescado na época da escravidão.
Ao final da reunião, o vereador, ao sair da escola, prometeu reverter a situação. “Ele foi muito solícito, disse que pedirá a revogação e também verificará a possibilidade de tombar o nome da Escola Municipal Surubi, para evitar possíveis trocas no futuro”, comentou uma fonte ao jornal BEIRA-RIO.
— Foi um erro meu realmente não ter ido à escola comunicar anteriormente. Como tudo é lido em sessões ao vivo mais de uma vez durante o período que tramitou pela casa legislativa, e ninguém questionou, achei que estava tudo bem. Mas assim que foi publicado, e o colégio ficou sabendo, entraram em contato comigo. E de imediato já nos reunimos e resolvemos o assunto sem ego algum – reconheceu o parlamentar, que já elaborou o projeto de lei que garante o tombamento do nome.
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