Em sessão realizada na última segunda-feira, dia 28, o vereador de Volta Redonda, Ednilson Azevedo (Republicanos), conhecido como Vampirinho, solicitou na sessão ordinária o envio de ofício ao presidente da CPI da Covid-19, o senador Omar Aziz (PSD-AM).
Vampirinho protocolou no mesmo dia o documento de requerimento verbal, no qual pede que sejam compartilhados com seu gabinete dados de duas Organizações de Saúde (OSs) – Mahatma Gandhi e Associação Filantrópica Nova Esperança – que atuaram como administradoras de dois hospitais do município, até a gestão do então prefeito Samuca Silva, que cancelou os contratos.
A equipe do jornal BEIRA-RIO ouviu Vampirinho, que explicou os motivos que o levaram a fazer o requerimento, que será encaminhado ao senador Aziz pela Câmara local.
– Quis fazer esse requerimento porque foram duas empresas que estiveram algum tempo atuando em Volta Redonda, inclusive durante a pandemia, deixando dívidas, e muita gente está reclamando de falta de pagamento. As empresas vão embora e largam tudo, inclusive processando alguns municípios em que administraram, deixando dívidas nesses lugares também. O importante é saber se, através das informações sobre essas empresas, Volta Redonda foi lesada.
Durante um período, ambas as OSs atuaram no município: a Mahatma Gandhi fez a gestão do Hospital Municipal Munir Raful (HMMR, no Retiro, e a Nova Esperança administrou o Hospital São João Batista (HSJB).
O pedido do vereador de Volta Redonda tem como base a aprovação pela CPI da Pandemia, em Brasília, por meio dos requerimentos 870 e 871 a quebra dos sigilos bancários, fiscal, telefônicos e telemáticos das OSs. Esta é a primeira vez na região que um parlamentar – mesmo na esfera municipal – solicita o compartilhamento de informações para a CPI, que segue acontecendo no Senado Federal.
Além de investigar os atos tomados pelo gestão do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) durante o combate a pandemia da Covid-19, a Comissão Parlamentar de Inquérito, que acontece no Senado desde o final do mês de abril, também apura o uso de verbas federais nos governos estaduais e municipais.
Com o surgimento de indícios de irregularidades, durante a gestão de Wilson Witzel (PSC), na contratação das empresas pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, os senadores pediram a quebra no sigilo de dados.
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