Médio Paraíba e Centro-Sul são exceções em Mapa de Risco da Covid no RJ

Na última terça-feira, dia 18, a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 divulgou a quarta atualização da nota técnica e painel de indicadores sobre a pandemia de coronavírus no Rio de Janeiro. O estudo recente revela que, entre as nove regiões nas quais o estado é dividido, sete estão classificadas como bandeira amarela, indicativo de risco baixo para a doença, sendo que 92,4% da população fluminense mora nessas regiões.

No entanto, a região onde está localizada Resende, Barra Mansa e Volta Redonda, assim como todo o Médio Paraíba, mantiveram a cor laranja. Segundo a secretaria, a região – ao lado do Centro-Sul Fluminense (onde ficam localizadas cidades como Vassouras) – se manteve na classificação devido a variação positiva no número de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Já o Centro-Sul Fluminense, que estava na bandeira amarela, retornou à laranja devido à variação positiva tanto do número de casos quanto de óbitos por SRAG. Já nas demais (Metropolitanas I e II, Baía de Ilha Grande, Baixada Litorânea, Noroeste, Norte e Serrana) houve índices decrescentes. O nível de risco para o estado, como um todo, é baixo, indicado pela bandeira amarela.

Do último Mapa de Risco, publicado em 4 de agosto, para o atual, as regiões Baía de Ilha Grande, Baixada Litorânea, Noroeste e Serrana avançaram da bandeira laranja (indicativo de risco moderado) para a amarela.

A nova versão do Pacto Covid analisa a Semana Epidemiológica 31 (de 26 de julho a 1 de agosto) em relação à Semana Epidemiológica 29 (de 12 a 18 de julho). A tendência de evolução para cor amarela em todo o estado pode ser observada, na prática, pela redução dos indicadores analisados diariamente pela Secretaria de Estado de Saúde, como taxa de ocupação de leitos, e casos e óbitos por coronavírus, segundo a secretária extraordinária de Covid, Flávia Barbosa.

– Acompanhamos as regiões Metropolitana I e II, onde vivem 73% da população fluminense, se mantendo em risco baixo para Covid por seis semanas seguidas. O movimento de interiorização da epidemia observado nos demais municípios também já apresenta índices decrescentes. A bandeira amarela avançando para mais regiões do estado permite a flexibilização gradativa de medidas de isolamento decretadas anteriormente – aponta a secretária Flávia.

Para a classificação do Pacto Covid, são considerados os indicadores de taxa de positividade de pacientes testados para coronavírus; e de variação de casos e óbitos por SRAG; de taxa de ocupação de leitos destinados a SRAG; e de previsão de esgotamento de leitos de UTI para SRAG. As recomendações de isolamento social variam de acordo com cada nível de risco. A coloração das bandeiras e os riscos indicados variam entre roxa (risco muito alto), vermelha (risco alto), laranja (risco moderado), amarela (risco baixo) e verde (risco muito baixo).

Enquanto o painel mostra queda nos índices para a maioria das regiões, Resende teve novos 20 casos confirmados da Covid-19, com uma morte nesta quarta-feira, dia 19. A vítima foi um idoso de 71 anos, segundo a Secretaria de Saúde local. Ao todo, o município teve 1.826 casos confirmados, com 64 mortes.

GOVERNO DECRETA FLEXIBILIZAÇÃO
O governador do estado, Wilson Witzel assinou o Decreto 47.219 nesta quarta-feira, dia 19, que determina a flexibilização de locais e atividades. Segundo o documento, as aulas presenciais na rede de ensino privada poderão ser retomadas a partir do dia 14 de setembro, e na pública, inclusive nas unidades de ensino superior, no dia 5 de outubro. A medida vale apenas para regiões que permaneçam em baixo risco de contaminação pela Covid-19 por, no mínimo, duas semanas seguidas antes da data prevista para a abertura.

Para as salas de cinema, está prevista a retomada parcial com 40% das ocupações ou 2 metros de distanciamento, além do cumprimento de todos os protocolos sanitários desenvolvidos pela Federação Nacional Das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec), e aprovado pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e Secretaria de Estado de Saúde. Já as salas de teatro, de concertos e centros culturais poderão abrir com 1/3 das ocupações dos espaços, desde que respeitadas as orientações e as normativas segundo o Protocolo de Segurança Sanitária elaborado pela Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj).

O decreto mantém a recomendação às prefeituras fluminenses de reabertura gradual de setores do comércio e da indústria, de acordo com as especificidades de cada cidade, em horários específicos para evitar aglomerações. Os municípios têm autonomia para manter suas determinações e regras.

Foto: Reprodução/Governo RJ

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