Região tem comércio fechado em uma cidade e clubes reabertos em outra

Fiscais vão as ruas para coibir infrações: Volta Redonda teve aumento de casos da covid-19

A pandemia do novo coronavírus segue dando sinais de crescimento na região, tanto em registro de novos casos da doença quanto no número de mortes. O alerta dado por especialistas da área da saúde parece não mais sensibilizar autoridades, que começaram a flexibilizar as medidas de distanciamento social cedo demais (já que o pico da covid-19 não foi ainda atingido no Brasil), segundo esses especialistas (e muito menos a população, que não tem respeitado o distanciamento mínimo e nem todos usam a máscara, acessório obrigatório na maioria das cidades da região).

Isso provocou um retrocesso nas medidas do distanciamento social em Volta Redonda, que é o município do Sul Fluminense com o maior número de casos e mortes pela covid-19. Desde a semana passada, o município, que havia começado a flexibilizar de forma gradual o funcionamento do comércio não-essencial e de locais como igrejas e academias, segue com essas atividades fechadas devido ao aumento na ocupação dos leitos de UTI/CTI por pacientes com a doença e o fechamento do Hospital Regional Zilda Arns.

Em coletiva realizada neste sábado, dia 4, nas redes sociais, o prefeito Samuca Silva anunciou que o número de casos em Volta Redonda segue aumentando, mesmo com as medidas de contenção adotadas. “A semana que passou, onde fechamos as atividades, foi fundamental para manter o controle do vírus. Não perdemos o controle do vírus, mas precisamos garantir atendimento ao nosso povo. Infelizmente tivemos um aumento de casos graves e de ocupação nos leitos de UTI e CTI. Precisamos garantir a capacidade de atendimento à população e, por isso, fecharemos por mais uma semana, conforme acordo com o MP homologado pela Justiça”, disse.

Segundo os dados apresentados nesta sábado, Volta Redonda chegou a 62,92% de ocupação de leitos de UTI/CTI reservados para tratamento de pessoas com a Covid-19, extrapolando a meta do acordo judicial que permitiu a reabertura das atividades econômicas (a ocupação não pode ultrapassar os 50% nos hospitais nem 60% no Hospital de Campanha que funciona no Estádio Raulino de Oliveira, que segue com 15,7% de ocupação). Fora isso, o Hospital Regional segue sem receber novos pacientes de Covid-19, o que sobrecarregou a rede municipal.

Com isso, desde o domingo, dia 5, os serviços não essenciais seguem fechados. A medida de prevenção visa diminuir a circulação do vírus na cidade e garantir capacidade de atendimento a população. Além dos índices de ocupação hospitalar, os demais eixos de monitoramento em Volta Redonda propostos por prefeitura e Justiça são: o número de casos suspeitos não aumentar mais que 5% por três dias seguidos (3,49% neste sábado), o grupo de risco permanecer em isolamento social, o uso de máscara obrigatório nas ruas e a manutenção da proibição de qualquer tipo de aglomeração. Segundo os últimos dados epidemiológicos da prefeitura, Volta Redonda tem agora 1.920 casos confirmados (com 1.439 pessoas recuperadas) e 79 mortes.

Clube Náutico Quatiense pode reabrir, mas deverá manter distanciamento entre frequentadores

COM POUCOS CASOS REGISTRADOS, QUATIS REABRE CLUBES
Segundo o boletim epidemiológico da prefeitura, o município de Quatis tem até o momento 29 casos confirmados (sendo 19 curados) e apenas uma morte. Mesmo havendo um pequeno aumento no número de casos no município do dia 3 para o dia 4 (data dos últimos dados), um novo decreto (2900/2020) assinado pelo prefeito Bruno de Souza liberasse nesta quinta-feira, dia 2, o funcionamento dos clubes de recreação e similares. No entanto, para que voltem a receber seus frequentadores, esses estabelecimentos deverão seguir uma série de recomendações estabelecidas pela Secretaria Municipal de Saúde local, sob pena de nova suspensão das atividades e responsabilização aos dirigentes.

O decreto, porém, não recomenda a presença de pessoas do grupo de risco (idosos, gestantes e pessoas com comorbidades) no interior do clube. Também não será permitida a permanência de usuários após as atividades. O ingresso de pessoas que estejam apresentando sintomas como coriza, tosse, febre, mal-estar ou sintomas de gripe deverá ser proibido.

No mesmo documento, foram prorrogados até o dia 31 de julho, os demais decretos que estavam em vigor, como os de ações no controle de acesso de veículos e pessoas por meio da barreira sanitária no município, o decreto que determina os procedimentos de prevenção do Covid-19, o decreto que torna obrigatório o uso de máscaras e o que libera as atividades em templos religiosos e academias de ginásticas no município. A íntegra de todos os decretos podem ser acessadas na página da Prefeitura na internet.

Fotos: Divulgação/Secom-VR e Reprodução/Redes Sociais

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