Foi deflagrada nesta terça-feira, dia 26, pela Polícia Federal a Operação Placebo, que apura os indícios de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública decorrente do coronavírus (Covid-19), no Estado do Rio de Janeiro.
Segundo dados da PF, elementos de prova obtidos durante investigações iniciadas no Rio de Janeiro pela Polícia Civil, pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público Federal naquele estado foram compartilhados com a Procuradoria Geral da República no bojo de investigação em curso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e apontam para a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado do Rio de Janeiro.
Estão sendo cumpridos nesta terça-feira 12 Mandados de Busca e Apreensão expedidos pelo STJ nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Entre os alvos dos mandados da PF no estado do Rio está o Palácio das Laranjeiras, residência do Governo do Estado, o governador Wilson Witzel (PSC) e o escritório de advocacia mantido pela primeira-dama Helena Witzel, no Leblon, Zona Sul da capital fluminense.
Há uma semana, o governador exonerou Edmar Santos do cargo de secretário de Estado de Saúde após operação da PF que prendeu cinco pessoas, entre elas o empresário Mário Peixoto e o ex-subsecretário Gabriell Neves e o atual titular da pasta Gustavo Borges da Silva.
Foto: Carlos Magno/Divulgação Governo do RJ