MP-RJ faz busca e apreensão contra Queiroz e parentes de Ana Cristina Bolsonaro

Queiroz (à esquerda) é um dos alvos da operação, que cumpre mandados em Resende nesta quarta-feira, dia 18 (Foto: Reprodução)

O Ministério Público do estado do Rio de Janeiro realizou na manhã desta quarta-feira, dia 18, mandados de busca e apreensão nas residências dos ex-assessores do senador Flávio Bolsonaro (sem partido). Entre os investigados estão Fabrício Queiroz, ex-chefe de segurança do senador, seus familiares e também os parentes da ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Ana Cristina Siqueira Valle.

O cumprimento dos mandados por parte dos agentes do MP estadual aconteceu na capital, onde se concentra a ação contra Queiroz e Ana Cristina, e também em Resende, onde os mandados foram cumpridos contra os parentes de Ana que atuaram na assessoria de Flávio Bolsonaro de 2003 até o ano passado.

A ação é parte da investigação realizada por suspeita de esquema de repartição salarial, conhecido como “rachadinha”, que estaria sendo praticado durante os quatro mandatos do atual senador quando ainda era deputado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Além de Ana Cristina, também foram alvos de investigação no caso José Procópio Valle (ex-sogro de Jair Bolsonaro); Andrea Siqueira Valle (excunhada), os primos Francisco Diniz, Daniela Gomes, Juliana Vargas e os tios Maria José de Siqueira e Silva, Marina Siqueira Diniz, Guilherme dos Santos Hudson e Ana Maria Siqueira Hudson, estes dois últimos moradores de Resende.

Eles tiveram o sigilo bancário e fiscal quebrados pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) e responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro e peculato.

ENTENDA O CASO
Um relatório do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) divugado no final do ano passado apontou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Alerj, entre elas uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, com depósitos e saques. O caso veio à tona com a investigação da Lava Jato no estado do Rio de Janeiro, que analisa ação dos deputados da Alerj em contratos.

Na ocasião, o filho de Jair Bolsonaro negou envolvimento no caso, mas nos meses seguintes as investigações também apontaram movimentações suspeitas do parlamentar, que justificou dizendo que as mesmas não tinham a ver com o caso. A investigação chegou a ser interrompidas duas vezes, uma pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pelo ministro Luiz Fux, em janeiro, e pelo ministro Dias Toffoli, em julho, com a alegação de que os dados do Coaf não poderiam ser utilizados sem autorização da justiça na ocasião.

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