Vistoria feita por Alerj aponta que CSN não reduziu montanha de escória

Parlamentares da Alerj estiveram em Volta Redonda e apontaram descumprimento por parte de empresas (Foto: Divulgação/Alerj)

Um ano após a decisão da 3ª Vara Federal de Volta Redonda que determinou a redução imediata por parte da CSN e da empresa metalúrgica Harsco da escória acumulada ao lado do Rio Paraíba do Sul, no pátio da CSN, a Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) informou na última sexta-feira, dia 6, que as montanhas de resíduos produzidos pela siderúrgica não tiveram sua altura reduzida a quatro metros, como determinava a liminar.

A constatação foi realizada após uma vistoria dos membros da comissão, que estiveram na sede CSN e no terreno mantido pela Harsco, onde se encontra o material. No início do ano, por ocasião da decisão judicial, as montanhas de escória chegavam a 20 metros de altura.

– Mesmo com as decisões judiciais que obrigam os réus a reduzirem a quantidade dos resíduos, vimos claramente que a empresa não conseguiu cumprir essas determinações. A própria CSN afirma que não será possível chegar ao volume determinado pela Justiça – comentou o deputado Gustavo Schmidt (PSL), que preside a comissão, citando que a empresa não vê possibilidade em acatar o limite imposto pela Justiça.

Após a vistoria, as informações apuradas pelo grupo serão tema de audiência pública, ainda a ser agendada, com a participação da sociedade civil e dos representantes da empresa e dos órgãos fiscalizadores. A CSN, em nota, confirmou que recebeu em sua sede os integrantes da comissão que realizou a vistoria, e informou que ambas as empresas apresentaram ao grupo os procedimentos que estão adotando para a redução do material.

Um deles está relacionado ao estudo para dar novas utilidades para a escória, fora os convênios firmados com sete municípios para o fornecimento do material residual da produção do aço e outros convênios com municípios e até com o governo estadual.

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