Nesta quinta-feira, dia 22, começa no país a vacinação contra o sarampo para todas as crianças de 6 meses a 1 ano. A medida preventiva, segundo o Ministério da Saúde, é intensificar a imunização nesse público-alvo da doença, que é mais suscetível a casos graves e mortes. Ao todo, serão enviadas para os estados 1,6 milhão de doses a mais.
A estimativa é vacinar 1,4 milhão de crianças que não receberam a dose extra, chamada de ‘dose zero’, além das doses previstas no Calendário Nacional de Vacinação, aos 12 e 15 meses.
A ação acontece após o país registrar aumento de casos da doença em alguns estados. Segundo o boletim divulgado nesta terça-feira, dia 20, pelo Ministério da Saúde, foram registrados, nos últimos 90 dias, entre 19 de maio a 10 de agosto deste ano, 1.680 casos confirmados de sarampo em 11 estados, sendo São Paulo o estado com o maior número (1.662). Completam a lista os estados do Rio de Janeiro (6), Pernambuco (4), Bahia (1), Paraná (1), Goiás (1), Maranhão (1), Rio Grande do Norte (1), Espírito Santo (1), Sergipe (1) e Piauí (1).
– O Ministério da Saúde está fazendo uma medida preventiva. Nós estamos preocupados com essa faixa etária porque em surtos anteriores foram as crianças menores de um ano que evoluíram para casos mais graves e óbitos (mortes). Por isso, é preciso que todas as crianças na faixa prioritária sejam imunizadas contra o vírus do sarampo, considerando a possibilidade de trânsito de pessoas doentes para regiões afetadas e não afetadas – esclareceu o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira.
No entanto, o ministério esclarece que a chamada “dose zero” não substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança. Além dessa dose que está sendo aplicada agora, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ªdose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela, respeitando-se o intervalo de 30 dias entre as doses. A vacinação de rotina das crianças deve ser mantida independentemente de a criança ter tomada a “dose zero” da vacina.
Além da “dose zero”, a tríplice viral está disponível em todos os mais de 36 mil postos de vacinação em todo o Brasil. A vacina previne também contra rubéola e caxumba. Neste ano, o Ministério, já enviou para os estados 10,5 milhões de doses da vacina. Desse total de vacinas, 71% foi enviado para o estado de São Paulo, que concentra 99% dos casos de sarampo no país. A vacina é a principal forma de tratamento da doença.
BLOQUEIO VACINAL
Além de vacinar as crianças na faixa etária prioritária, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, tem orientado aos estados e municípios a realizarem o bloqueio vacinal em situação de surto ativo do sarampo, quando identificado um caso da doença em alguma localidade. No estado do Rio de Janeiro, quatro municípios registraram casos e se enquadram nessa necessidade do bloqueio: Paraty, na Região da Costa Verde; Rio de Janeiro, Duque de Caxias e São João de Meriti, na Região Metropolitana.
Nos quatro municípios, a vacinação deve ser feita em todas as pessoas que tiveram ou tem contato com aquele caso suspeito em até 72 horas. Neste caso, a vacinação é seletiva, ou seja, não há necessidade de revacinação das pessoas que já foram vacinadas anteriormente e que tem comprovação vacinal.
Foto: Erasmo Salomão/Ascom-MS
Fonte: Agência Saúde
