RJ lidera baixa procura por vacina contra a gripe no país

Campanha, que terminaria nesta sexta-feira, dia 31, será prorrogada em estados que não atingiram meta (Fotos: Divulgação/SES-MG)

“O que é que ele (o estado do Rio de Janeiro) está plantando daqui a 60 dias? Muitas pessoas, provavelmente com pneumonia, muitas pessoas precisando de respirador para ter uma chance para viver, e um colapso do sistema de CTI”, lamentou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A fala se refere a situação do estado, um dos motivos do preocupação do ministro com a baixa procura pela vacina contra a gripe em todo o território fluminense.

Segundo Mandetta, que participava de evento realizado na tarde desta segunda-feira, dia 27, em Sorocaba/SP, o Rio vem apresentando problemas relacionados a disponibilização de Centros de Terapia Intensiva (CTI) para os casos mais graves de pacientes internados pela doença. Ele anunciou que haverá prorrogação da Campanha da Vacinação contra a Gripe, que se estenderá até o dia 15 de junho no estado.

A preocupação de Mandetta é real, já que um levantamento divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado nesta terça-feira aponta que somente em território fluminense, foram confirmados só neste ano 77 casos, sendo que 18 pessoas morreram por complicações da gripe H1N1.

As mortes foram confirmadas nos municípios de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense; Rio das Ostras, Armação de Búzios e Cabo Frio, na Região dos Lagos; Nova Friburgo e Petrópolis, na Região Serrana; Rio Bonito, na Região Metropolitana; e Angra dos Reis, na Região da Costa Verde. Na Região Sul Fluminense, até o momento, Barra do Piraí confirmou um caso.

Além do Rio de Janeiro, onde a procura foi a menor em todas as unidades da federação do país (de apenas 45,8% do público alvo, segundo o ministério), Acre (49,7%), São Paulo (57,0%), Roraima (57,4%) e Pará (59,2%) também tiveram baixa procura. Os estados com maior cobertura até o momento são Amazonas (93,6%), onde surgiram as primeiras mortes do ano pela doença no Brasil; Amapá (85,5%), Espírito Santo (75,3%), Alagoas (73,4%), Rondônia (72,6%) e Pernambuco (72,2%).

A meta do Ministério da Saúde era vacinar 90% do público-alvo, composto por 59,4 milhões de pessoas, até o dia 31. No entanto, até esta segunda-feira, apenas 42,5 milhões de pessoas haviam sido vacinadas. O número corresponde a 71,6% do público-alvo. A estimativa é que a maioria dos estados deverá atingir com a vacinação, até o final da semana, 85% desse público.

Em todo o país, os funcionários do sistema prisional foi o público-alvo com maior procura pela vacina, com 101,6 mil doses recebidas, o que representa 89,7% deste público, seguido pelas puérperas (88,6%), indígenas (82,0%), idosos (80,6%) e professores (78,1%). Os grupos que menos se vacinaram foram os profissionais das forças de segurança e salvamento (30%), população privada de liberdade (47,2%), pessoas com comorbidades (63,4%), trabalhadores de saúde (69,9%), gestantes (68,8%) e crianças de 6 meses a 6 anos incompletos (67,6%).

No estado do Rio de Janeiro, foram vacinadas até o momento 2,6 milhões de pessoas. A expectativa da Secretaria de Estado de Saúde é vacinar 4,9 milhões de pessoas até o fim da campanha.

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