Campanha da Fraternidade da CNBB abordará políticas públicas este ano

No próximo fim de semana, acontece a abertura da Campanha da Fraternidade em Resende. No sábado, dia 9, a partir das 9h30, os fiéis do município se reúnem no salão da Igreja do Rosário para o lançamento da campanha. Em seguida, acontece uma caminhada até a praça da Matriz, no Centro, para um ato público.

O evento é parte integrante do lançamento na região da Campanha da Fraternidade de 2019, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizado nesta quarta-feira, dia 6, na região, pela diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda. Com o tema “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça (Is 1,27)”, o evento teve as participações do bispo diocesano, dom Francisco Biasin; o padre Juarez Sampaio, coordenador de Pastoral da diocese e Adelaide Afonso, do Conselho Municipal de Igualdade Racial de Volta Redonda.

Dom Francisco lembrou como foi a escolha do tema. “É bom que se saiba que os temas das Campanhas da Fraternidade são escolhidos com três anos de antecedência. Não foi escolhido o tema das políticas públicas por que mudou o governo. Não é uma resposta a uma contingência do momento. É uma resposta às reais necessidades do nosso povo e, sobretudo para estimular a participação de todos, da sociedade civil organizada, das pastorais e das outras forças da sociedade”, explicou.

O bispo ainda ressaltou que “as políticas públicas são uma reparação das iniquidades” na qual vive a sociedade. “Diante disso a Igreja quer fazer uma reflexão sobre a caridade social que toca as estruturas. As caridades individual e da Igreja são importantes, mas é preciso tocar as estruturas sociais e políticas”, destacou.

Sobre o tema de 2019, padre Juarez exemplificou o caminho para a formulação das políticas públicas sociais. “Primeiro precisamos identificar o problema, o que precisa ser mudado. Depois inseri-lo na agenda do governo, seja ele federal, estadual ou municipal. O próximo passo é debater e encontrar caminhos e, depois, a construção do plano de ação dessa política pública apresentada. Por fim, é preciso fazer a avaliação e o monitoramento daquilo que foi apresentado”, disse o padre.

Uma das formas efetivas na execução das políticas públicas é a representatividade nos conselhos paritários. Muitos agentes de pastorais e movimentos da Igreja Católica estão inseridos nesses conselhos. De acordo com Adelaide Afonso, que representa o Conselho Municipal de Igualdade Racial de Volta Redonda, embora represente a Igreja Católica, sua luta se faz necessária pelo coletivo, incluindo toda a comunidade.

– Todo movimento, todo agrupamento humano é representativo: o clube de futebol, o grupo de mães, a associação de moradores. Só há mudança se tiver o coletivo”, disse Adelaide lembrando que as reivindicações começam do micro para o macro. “Eu tenho que pensar a minha rua, meu bairro, meu posto de saúde, a escola, o lazer…minha cidade”, lembrou.

Em outros municípios da região também estão programados eventos de lançamento: no sábado, às 18h, haverá a concentração na Catedral de Santana em Barra do Piraí. De lá os fiéis sairão em procissão até a igreja São Benedito, onde haverá missa. Em Barra Mansa o lançamento fica a cargo de cada paróquia.

No domingo, dia 10, a abertura será em Volta Redonda. A concentração será na praça da prefeitura, às 8h30, de onde sairão em caminhada até a igreja Nossa Senhora das Graças, onde haverá uma missa presidida pelo bispo diocesano. No dia 21, o tema volta a ser destaque em Volta Redonda, numa audiência pública, a ser realizada às 19h, na câmara de vereadores do município.

Foto: Reprodução/CNBB

Fonte: Assessoria de Comunicação da Diocese

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