APMR critica “atitude autocrática” de sindicato ao não dialogar com servidores

Representantes de entidades sindicais e a servidora pública Anelize Nogueira ouviram categoria em assembleia

Uma semana após a assembleia unificada realizada no último dia 13, realizada sem a presença de representantes do Sindicaato dos Funcionários Públicos de Resende, a Associação dos Professores do Município de Resende (APMR), que marcou presença no evento, publicou uma nota nas redes sociais na terça-feira, dia 19, se pronunciando sobre a decisão do sindicato em não dialogar com os servidores antes da reunião com o prefeito Diogo Balieiro e a Secretaria de Educação, no dia 12.

Segundo a nota de esclarecimento da associação, tanto a APMR quanto o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) “foram excluídos da reunião do governo com representantes do Sindicato dos Funcionários em que se anunciou o reajuste de 33% do salário inicial do Professor I, atualmente em R$1.051,41, de modo a adequar à lei do piso nacional do magistério (ficando de fora os professores II e IV), e a equiparação do piso salarial das Monitoras de Creche, de acordo com a formação”.

A mesma nota ainda acrescenta que “na ocasião, também foi confirmado o reajuste de 3% para todos os servidores após 05 (cinco) anos de congelamento dos salários (frente a uma perda inflacionária de 30%!) e o pagamento do salário mínimo nacional de R$998,00 (uma exigência da constituição brasileira!)”.

Para a APMR, o Sindicato dos Funcionários teve uma atitude autocrática, não respeitando o acordo com as demais entidades e não submetendo as propostas do governo à assembleia, instância máxima do movimento sindical, para a decisão dos servidores.

A entidade encerrou a nota reafirmando que continuará a luta pela reposição de 30% da perda inflacionária dos últimos 05 anos a todos os servidores, além de outras reivindicações para a área da educação: pagamento dos valores retroativos do adicional de qualificação; reforma do plano de carreira para, entre outras mudanças, equiparar o piso das monitoras de creche ao do professor I; reajuste de 33% do salário inicial dos professores II e IV com base no reajuste da lei do piso, de modo a manter a diferença entre os níveis por formação estabelecidos pelo plano de carreira; e cumprimento de 1/3 da carga horária de trabalho dos professores I e II para planejamento como determina a lei do piso.

Confira na íntegra a nota:

NOTA DE ESCLARECIMENTO DA APMR AOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Considerando os fatos envolvendo os servidores, especialmente os da educação, as entidades representativas dos servidores e o governo municipal de Resende, vimos prestar os seguintes esclarecimentos.

A Associação dos Profissionais da Educação Municipal de Resende (APMR) existe desde 1984, sendo a instituição que representa a categoria reconhecida por sucessivos prefeitos e protagonista das lutas e conquistas dos direitos do Estatuto do Magistério. Exemplos: 30% de adicional de qualificação; 30%, 40% ,70% e 90% de pós-graduação; 50% de ajuda-ensino; 20% de gratificação para profissionais de séries iniciais etc. Além disso, preocupa-se com a qualidade do ensino e busca soluções administrativas e jurídicas dos problemas vividos pelos trabalhadores da educação, com vários processos na justiça.

Desde o início do atual governo, a diretoria da APMR tem sido a interlocutora da classe na reivindicação dos direitos junto à Prefeitura de Resende.

Em janeiro surgiu um movimento independente de profissionais da educação que agregou servidores de outros setores para lutar pelo reajuste salarial, e em reunião foi decidida a união do Sindicato dos Funcionários (SFPMR), Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE) e Associação dos Profissionais da Educação (APMR), para representarem os servidores nas negociações com governo municipal.

Mas para nossa surpresa e decepção, APMR e SEPE foram excluídos da reunião do governo com representantes do Sindicato dos Funcionários em que se anunciou o reajuste de 33% do salário inicial do Professor I, atualmente em R$1.051,41, de modo a adequar à lei do piso nacional do magistério (ficando de fora os professores II e IV), e a equiparação do piso salarial das Monitoras de Creche, de acordo com a formação. Os direitos concedidos são pautas de luta da nossa associação desde a gestão anterior.

Na ocasião, também foi confirmado o reajuste de 3% para todos os servidores após 05 anos de congelamento dos salários (frente a uma perda inflacionária de 30%!) e o pagamento do salário mínimo nacional de R$998,00 (uma exigência da constituição brasileira!).

Lamentavelmente, o Sindicato dos Funcionários numa atitude autocrática não respeitou o acordo com as demais entidades e não submeteu as propostas do governo à assembleia, instância máxima do movimento sindical, para a decisão dos servidores.

A APMR continuará a luta pela reposição de 30% da perda inflacionária dos últimos 05 anos a todos os servidores. Para a educação: pagamento dos valores retroativos do adicional de qualificação; reforma do plano de carreira para, entre outras mudanças, equiparar o piso das monitoras de creche ao do professor I; reajuste de 33% do salário inicial dos professores II e IV com base no reajuste da lei do piso, de modo a manter a diferença entre os níveis por formação estabelecidos pelo plano de carreira; cumprimento de 1/3 da carga horária de trabalho dos professores I e II para planejamento como determina a lei do piso.

Temos uma história de lutas e conquistas, e continuaremos fieis aos princípios éticos e democráticos e aos profissionais da educação municipal de Resende.

Assinado: Diretores da APMR – Resende, 19/02/2019.

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