Operação “Furna da Onça” prende ex-prefeito e deputado reeleito da região

Três políticos da região Sul Fluminense foram presos na manhã desta quinta-feira, dia 8. Eles são alvos da operação “Furna da Onça”, da Polícia Federal, que efetuou 22 mandados de prisão. O deputado estadual reeleito André Corrêa (à esquerda), de Valença; o ex-prefeito de Três Rios Vinícius Farah (centro); e o presidente do Detran Leonardo Jacob (à direita), também de Três Rios, estariam envolvidos em um esquema de compra de votos com dinheiro de propina e distribuição de cargos iniciado no primeiro governo de Sérgio Cabral, em 2007, e mantido até hoje, de acordo com as investigações.

Eles estão entre os 20 presos da operação até o momento (10 deles deputados da Alerj), um desdobramento da Lava Jato no estado do Rio de Janeiro. Segundo as investigações, os deputados votavam sistematicamente a favor dos interesses de Cabral e Picciani, incluindo o boicote à CPI dos Ônibus, revogação das prisões decretadas pela “Cadeia Velha”, que prendeu o então presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, e outros dois deputados, entre eles Edson Albertassi, de Volta Redonda, e a aprovação das contas do governo, tudo em troca de propina mensal, que variava de R$ 20 mil a R$ 100 mil e cargos.

Por determinação do tribunal, também foram cumpridas ainda buscas e apreensões em mais de 40 endereços, entre os quais gabinetes da Alerj.

Os 22 envolvidos são acusados de corrupção ativa e passiva e de formação de organização criminosa – os demais crimes, como lavagem de dinheiro, serão apurados no decorrer das investigações.

As principais provas colhidas pela força-tarefa da Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR-2), em parceria com a Polícia Federal, são a delação do ex-operador do esquema Cabral Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, homologada pelo ministro Dias Toffoli, somada às provas colhidas nas delações dos doleiros Vinícius Claret, o Juca Bala, Cláudio Barbosa, o Tony. No sistema financeiro paralelo que a dupla operava, o ST, apareceram depósitos em nome de assessores dos parlamentares citados por Miranda.

As investigações também encontraram provas do favorecimento a deputados em planilha com o loteamento de cargos do Detran, apreendida no ano passado no gabinete de Albertassi, e em lista de distribuição de cargos apreendida no gabinete de Paulo Melo, este último também preso na operação “Cadeia Velha”.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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