Educação Inclusiva: desafios e experiências da pessoa deficiente em Resende

Alunos atendidos pelo Gente Eficiente, programa voltado a pessoa com deficiência que tem o apoio da Prefeitura em Resende (Foto: Arquivo/PMR)

Na próxima semana, entre os dias 27 e 28 (segunda e terça-feira), acontece na Associação Educacional Dom Bosco (AEDB) o I Seminário de Educação Especial Inclusiva de Resende, com o tema “Diálogos e Práticas Sobre o Processo Escolar Inclusivo”.

O evento, que encerra a Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência do município, destacará quais são os desafios e as experiências positivas dentro das instituições municipais de ensino incluindo alunos com deficiência.

Em entrevista ao jornal BEIRA-RIO, a coordenadora da Educação Especial/Cemae, Helena Botelho, que no ano de 2015 participou ativamente dos debates realizados em torno da elaboração do Plano Municipal de Educação de Resende, falou da evolução obtida até o momento no atendimento aos alunos com deficiência.

– O município de Resende, anualmente faz o monitoramento e avaliação das metas e estratégias do Plano Municipal de Educação. A meta de número 4 do PME e do Plano Nacional de Educação, “de Universalizar, para a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados” tem se cumprido de acordo com o quadro desse público – citou.

Em relação às críticas sobre as dificuldades enfrentadas na educação inclusiva oferecida aos quase mil alunos da rede pública, feitas por algumas mães de alunos com deficiência, a coordenadora não deixou de destacar.

– A maior dificuldade do município é oferecer formação para professores de sala regular, sem que interfira no direito do aluno em ter os 200 dias letivos. Mas a SME (Secretaria Municipal de Educação) tem buscado estratégias e oferecido cursos, palestras e Seminários em vários dias e horários para atender todo público de profissionais de educação que queiram participar. Em relação aos profissionais cuidadores escolares, este ano foram organizadas várias formações. Houve um aumento do número de profissionais de concurso, dentro do quadro do lotaciograma, o mesmo já foi enviado para aumentar esse número para atendimento aos alunos que tenham necessidade desse apoio. Há estudos para ampliação de outros profissionais de apoio – destacou Helena.

A coordenadora, que participou ativamente dos debates realizados em torno da elaboração do Plano Municipal de Educação de Resende, falou da evolução obtida até o momento no atendimento aos alunos com deficiência.

– O município de Resende, anualmente faz o monitoramento e avaliação das metas e estratégias do Plano Municipal de Educação. A meta de número 4 do PME e do Plano Nacional de Educação, “de Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados” tem se cumprido de acordo com o quadro desse público – citou.

Segundo ela, todos os alunos com deficiência têm sido atendidos tanto na rede regular de ensino quanto nos centros e escolas especializadas. “Acreditamos que esse trabalho ainda há muito a avançar. Mas pra operacionar as estratégias houve convocação de mais 20 novos professores especializados, atendimento itinerante nas creches e escolas que não tem sala de recursos, formação continuada, valorização dos profissionais que neste novo concurso tem salário de nível superior, e oferta de curso de Libras (duas turmas e uma em Braille, que será ofertada ainda este mês)”.

Durante os dois dias, além de debater os desafios, o seminário apresentará experiências com a inclusão social de três escolas da rede pública municipal: Noel de Carvalho, Adelaide Lopes Salgado e CMEI Parque das Águas.

Segundo dados da Secretaria de Educação de Resende, na rede regular há em torno de 420 alunos deficientes com laudo comprovado. No Atendimento Educacional Especializado há torno de 600. Quase 200 pessoas confirmaram presença no evento, que já está com as inscrições encerradas.

MÃES RELATAM DIFICULDADES
Em maio deste ano, o jornal BEIRA-RIO entrevistou a presidente da Associação dos Amigos dos Autistas de Resende (Amar), Marisa de Almeida Soares Siqueira, e a dona de casa Roseli Aparecida Cardoso, que apontaram dificuldades na educação inclusiva de alunos com Síndrome de Down e outras deficiências intelectuais, e de pessoas autistas (leia mais sobre essa matéria, que também fala sobre as dificuldades enfrentadas na saúde pelos deficientes, clicando aqui).

As duas mães entrevistadas em maio, além de outras mães, segundo Marisa, fizeram manifestação durante a abertura da Semana Nacional de Valorização da Pessoa com Deficiência com cartazes, um deles com a inscrição ‘Esse Governo não nos representa’.

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO

Segunda, dia 27
13h – Credenciamento
13h30 – Abertura com apresentação cultural
14h30 – Palestra: O paradigma das funcionalidades na prática inclusiva, com a psicóloga Sônia Mendes Ferreira Lopes, da UERJ
16h – Relato de experiência: Prática Inclusiva, com representantes dos anos iniciais da E.M. Adelaide Lopes Salgado
17h – Exposição de trabalhos dos alunos do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e Centros Especializados
18h – Palestra: O papel da mediação escolar para alunos com deficiência, com as professoras doutoras Priscila Pires Alves e Lúcia Assis, e o grupo de pesquisa do Laboratório de Estudos em Linguagem, Interação e Autismo (LELIA), da UFF
20h – Encerramento

Terça, dia 28
8h – Abertura com apresentação cultural
8h30 – Palestra: A inclusão escolar e o desenvolvimento cognitivo de alunos com deficiência intelectual, com a professora doutora Valéria Marques de Oliveira, da UFRRJ
9h30 – Palestra: A importância da educação bilíngue para surdos, com as professora doutora Maria Izabel dos Santos Garcia, do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), e a professora Aline Evelin Silva, da Secretaria Municipal de Educação
11h30 – Relato de experiência: Prática inclusiva, com representantes dos anos finais da E.M. Noel de Carvalho
12h30 – Intervalo para almoço
13h30 – Apresentação cultural
14h – Palestra: A inclusão de pessoas com deficiência visual, com a professora especialista Valéria Aljan, do Instituto Benjamin Constant
16h – Relato de experiência: Prática inclusiva – CMEI Parque das Águas (Educação Infantil)
17h – Encerramento

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