Por 10 votos a quatro, e uma abstenção, o vereador Roque Cerqueira (PDT, na foto) foi destituído nesta segunda-feira, dia 20, do cargo de presidente da Mesa Diretora da Câmara de Resende.
Segundo o relatório da Comissão Processante (confira na íntegra aqui), Cerqueira estaria “descumprindo reiteradamente o Regimento Interno da Casa com o intuito de privilegiar proposições que lhe interessem”. O documento ainda aponta que o então presidente “agiu de forma ineficiente no desempenho de suas atribuições regimentais, exorbitando as funções a ele conferidas (…)”, o que levou o relator da Comissão do caso, Hick Sene (PSD) a pedir a destituição do presidente, que teve sua eleição à Mesa já contestada no início de seu atual mandato, em 2017.
Votaram contra o parecer: Tisga (PPS), Davi (MDB), Sandro Ritton (PPS) e Tivo da Fonseca (PP). Já o vereador Joaquim Romério (MDB) se absteve. Por ser denunciante no processo, o vereador Stênio Aguiar (PP) não votou. Com a decisão, quem assume a presidência é o vereador Romério, vice na chapa de Roque.
A Comissão Processante foi instalada após a votação tumultuada que escolheu para a Mesa Diretora a chapa que tinha o vereador Edson Peroba (PPS) para presidente, De Araújo (MDB) para vice, Reginaldo Engenheiro Passos (PSB) para 1º secretário e o vereador Stênio Aguiar (PP) para 2º secretário, que concorria com a chapa que tinha como presidente o vereador Tisga (PPS).
Na ocasião, Peroba foi eleito após a abstenção de Odair Ozório (PSD), que empatou a votação para a Mesa. O vereador foi escolhido com base no Regimento Interno da Câmara que determina em caso de empate a eleição do candidato mais velho. A decisão gerou revolta em Cerqueira, que ameaçou entrar com processo de anulação da eleição.
Segundo o advogado de Cerqueira, Edgar Queiroz, o presidente destituído deverá recorrer. “Claro que sim. Sempre vamos recorrer quando acontecer injustiças”, completou.
Em nota divulgada à imprensa, o vereador Roque Cerqueira se diz “vítima de um processo de julgamento político interno da Câmara Municipal”. Segundo ele, seu afastamento teria acontecido “após a adoção de um austero controle de gastos em manutenção e custeio de pessoal da Casa Legislativa, o que por certo causou insatisfação da maioria dos membros da Câmara Municipal”.
Veja como votaram os vereadores:
Caio Sampaio (Rede) – A favor
Davi (MDB) – Contra
De Araujo (MDB) – A favor
Edson Peroba (PPS) – A favor
Hick Sene (PSD) – A favor
Joaquim Romério (MDB) – Abstenção
Odair Ozório (PSD) – A favor
Reginaldo Engenheiro Passos (PSB) – A favor
Renan Marassi (PPS) – A favor
Sandro Ritton (PPS) – Contra
Sérgio Lima (PRB) – A favor
Soraia Balieiro (PSB) – A favor
Stênio Aguiar (PP) – Não votou
Tiago Forastieri (PSC) – A favor
Tisga (PPS) – Contra
Tivo da Fonseca (PP) – Contra
Fotos: Arquivo
