Velho do Lago é vítima de ataque canino perto de casa

Velho do Lago relatou drama com ataque canino nas redes sociais (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Fiéis companheiros dos seres humanos em todo o planeta, os cães fazem parte da vida de muitas pessoas. Porém, o comportamento desses animais se assemelha ao de uma criança: se não for bem educado, sofrer com a negligência dos donos ou com maus tratos, pode carregar traumas para o resto da vida e se tornarem agressivos.

Quem vive na Rua Dr. Manoel Ferraz, no bairro Mirante das Agulhas, têm reclamado nos últimos meses de dois cães da raça Boxer, de propriedade de uma moradora. Vizinhos relatam que casos como o ocorrido com o aposentado Antônio Albino Filho, conhecido como o Velho do Lago, vêm acontecendo com frequência, já que ela têm o hábito de soltar os animais na rua para fazer as necessidades.

Há pouco mais de um mês (dia 13 de julho), o aposentado – que também mora no local – foi atacado pelos dois animais em frente a sua casa. Mas somente nesta quarta-feira, dia 15, ele decidiu divulgar o drama que passou nas redes sociais.

– Isso é uma coisa que acontece infelizmente, a dona não tem responsabilidade com eles e ainda colocam a vida de outras pessoas em risco. Se fosse alguém mais indefeso ou uma criança, poderia até matar – lamentou o aposentado, conhecido por sua luta na preservação do lago do Mirante.

Ele conta que passava perto da casa da vizinha empurrando um carrinho de mão quando ela teria aberto a porta da garagem para guardar o carro, deixou os animais soltos, que atacaram o Velho nos dois braços, nas costas e no calcanhar do pé direito. Segundo ele, a dona dos cães não prestou qualquer socorro. Antônio foi salvo por outra vizinha e levado as pressas pra UPA da Cidade Alegria, e em seguida para o Hospital de Emergência. Ele relata que esta não foi a primeira vez que os dois boxers o atacaram.

– Falei com a dona (dos animais) que os dois já haviam me atacado uma vez, e ela nem deu muita importância. Só disse que eles estavam brincando. Acredito que por algum motivo, não sei se é por fome ou algum outro motivo, os animais sempre chegam pra atacar a gente quando ficam soltos. E não foi só eu, outros vizinhos também já avisaram a ela, pois os cachorros já morderam outras pessoas aqui na rua – acrescenta.

O Velho do Lago relatou que após ser atendido no hospital, registrou o caso na 89ª DP (Resende) e fez um exame de corpo delito. No entanto, ele ainda não entrou na justiça contra a tutora dos dois cães, pois ainda aguarda o resultado do exame do IML. “Essa denúncia nas redes sociais vai servir de exemplo a outras pessoas que deixam seus cachorros na rua, não pode fazer isso. E ela tem essa mania de deixá-los soltos na rua, nesse caso eles só podem sair com enforcador e focinheira. Não pode soltá-los assim na rua”, completa o Velho do Lago.

Donos do animal estavam em casa (na casa vermelha), mas não atenderam a equipe de reportagem do jornal

PROBLEMAS COM OUTROS VIZINHOS

A equipe do jornal BEIRA-RIO esteve no local na manhã de quinta-feira, dia 16, para conversar com os vizinhos. A dona de casa Patrícia Andrade, que mora de frente pra casa da dona dos animais, passou momentos de terror ao lado do Velho.

– Os cachorros grudaram nos dois braços do Velho, que agarrou na grade do portão daqui de casa. Na hora em que fui socorrê-lo, ainda na grade, tive que segurá-lo pelos braços e ao mesmo tempo afastar os dois bichos. Eles ainda invadiram a minha casa e quase avançaram na minha neta de 2 anos, sorte que uma fisioterapeuta que cuida de minha mãe conseguiu fechar a porta de casa. Eles poderiam ter matado minha neta ou até o seu Antônio, se eu não tivesse agido a tempo – relembra.

E a agressividade dos animais não havia terminado por ali. Os cães ainda chegaram a avançar na filha da própria dona, de 12 anos, que tentou afastar os cachorros. Patrícia também conta que chegou a ir a delegacia para registrar um boletim de ocorrência, mas ainda não conseguiu devido a burocracia no atendimento. “Outros vizinhos nossos contaram que também foram atacados por eles, inclusive teve o caso de uma senhora que contou pra gente que perdeu um ônibus porque os cães tentaram atacar ela e uma criança, que seria o neto dela. Essa vizinha já teve problemas em outro lugar por causa desses mesmos cachorros”, conclui.

Depois de ouvir os vizinhos, o jornal tentou falar com os donos dos animais, uma vez que havia alguém dentro da casa no momento da entrevista. Mesmo com um repórter batendo diversas vezes no portão e com o latido dos cães (que estavam soltos no quintal), ninguém apareceu no local para falar sobre o assunto.

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