Uma funcionária terceirizada que presta serviços para a Prefeitura de Porto Real postou nesta terça-feira, dia 17, um vídeo nas redes sociais denunciando o atendimento prestado ao marido, José Arlindo de Souza Cruz (foto), no Hospital Municipal São Francisco de Assis, na última segunda-feira, dia 16. Segundo a funcionária, Arlindo chegou ao hospital sentindo forte dor abdominal e foi atendido por uma médica.
– A doutora (que segundo a funcionária, atendeu no plantão do período da noite) pegou e falou pra mim que ele estava com gases. Então ela pediu para a enfermeira aplicar um remédio junto ao soro administrado, a doutora nem examinou meu marido, que continuou gemendo de dor. A médica chegou a dizer que era apenas prisão de ventre e o liberou para voltar pra casa – contou a funcionária, que acusou a médica e o hospital de negligência.
Após o atendimento, o estado de Arlindo – que também era cadeirante – piorou e ele teve que ser internado no CTI do hospital, morrendo na terça-feira. Indignada, a funcionária aproveitou para desabafar contra a atitude da médica e cobrou mais atitude do prefeito e dos vereadores do município para punir os responsáveis pelo erro que resultou na morte do paciente horas depois do vídeo publicado.
A Prefeitura de Porto Real divulgou nota nesta quarta-feira,dia 18, informando que “tomou a iniciativa de apurar as circunstâncias do falecimento (morte) do morador José Arlindo de Souza Cruz, ocorrido no Hospital Municipal São Francisco de Assis, no último dia 17 de julho”.
– Mesmo não havendo até o presente momento uma denúncia formal dos familiares, o prefeito Ailton Marques determinou a instauração de sindicância, a ser designada pela Secretaria Municipal de Saúde, a fim de apurar eventuais responsabilidades profissionais. A sindicância ouvirá os servidores públicos que participaram do atendimento do paciente, resultando em um relatório sobre o caso, que apontará as providências cabíveis – encerra a nota.
Fotos: Reprodução Internet/Redes Sociais
