Surto de polio na Venezuela antecipa vacinação no Brasil

O estado do Amazonas, na Região Norte do Brasil, antecipará a campanha de vacinação contra a poliomielite, que aconteceria em agosto, para o mês de julho. A medida foi anunciada pelo governo local nesta quinta-feira, dia 14, após um alerta emitido pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que divulgou nota pública pedindo a necessidade de atenção redobrada diante da detecção de um surto da doença na Venezuela, uma vez que o território amazonense está interligado ao país vizinho por via terrestre, pela BR-174.

Segundo o documento, há uma preocupação da SBP em relação aos estados do Norte devido ao aumento do fluxo de imigrantes pelas fronteiras brasileiras. Além disso, a entidade orienta pediatras a estarem atentos “a possíveis casos de paralisia flácida aguda e adequada investigação”. Os pediatras também defendem o reforço da manutenção de coberturas vacinais contra a poliomielite no Brasil – acima de 95% – até que a erradicação global seja alcançada.

Os casos confirmados da poliomielite foram informados na última quinta-feira, dia 7, pela Sociedade Venezuelana de Saúde Pública, que notificou casos de paralisia flácida aguda em uma comunidade do município de Tucupita, cujos habitantes pertencem à etnia indígena Warao.

O primeiro caso foi registrado em uma criança de 2 anos e 10 meses, sem indicativo de vacinação prévia. Após a confirmação, a vigilância epidemiológica encontrou novas ocorrências desse tipo de paralisia, de recente aparição, também em crianças, em uma comunidade vizinha, que continuam sob investigação.

De acordo com o Ministério da Saúde, a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida de início súbito. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, pela via fecal-oral (mais frequente); por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores; ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções (ao falar, tossir ou espirrar).

A doença não tem tratamento específico, e exige a hospitalização das vítimas de contágio. A vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite. Todas as crianças menores de 5 anos de idade devem ser imunizadas conforme esquema de rotina e em campanha nacional. Desde 1990, o Brasil não registra mais casos da doença.

Foto: Reprodução/A Crítica

Fontes: A Crítica/Agência Brasil

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