Depois de quase cinco anos de espera, começou a ser construído um terminal de embarque e desembarque de ônibus urbano, na parte inferior do Rodoshopping Graal, no bairro Paraíso, em Resende. A obra – realizada com a participação da empresa administradora do rodoshopping – era uma reivindicação dos passageiros que utilizam o ponto de ônibus improvisado com estrutura de metal e lona desde que o trânsito das ruas do Paraíso passou por mudanças, em julho de 2013.
Junto com essas mudanças, a população ganhou um verdadeiro “presente de grego” da administração municipal passada. Inicialmente formado por uma tenda frágil colocada entre o espaço da lanchonete do rodoshopping e a pista por onde trafega os ônibus e demais veículos, o terminal acabou desabando sobre os passageiros que aguardavam os ônibus após um temporal ocorrido em novembro daquele ano.
No ano seguinte, o ponto passou a ter uma estrutura de metal mais reforçada revestida por lonas colocadas na parte de cima. Isso não impediu novos incidentes, como o de abril de 2014, quando um ônibus se chocou contra o ponto após o motorista que dirigia o veículo da Viação São Miguel tentar aproximar o carro do ponto. O objetivo era ajudar os passageiros a embarcar sem se molhar, já que chovia durante o acidente, ocorrido na madrugada daquele dia.
Além dos acidentes provocados por motoristas e temporais, os pontos improvisados sempre geraram reclamações devido à falta de conforto e segurança, fora o problema com o sol e chuva fortes. Entrou novo governo, em 2017, com a promessa de que um ponto de fato sereia construído. Mas o ano acabou sem avanço. E em outubro, uma das lonas chegou a desabar em um dos horários mais movimentados e sob sol e calor de 31 graus. No mês seguinte, o jornal BEIRA-RIO ouviu depoimentos de usuários do ponto sobre os problemas encontrados no local.
E em dezembro, o BEIRA-RIO mostrou como o assunto repercutiu em reunião do Conselho Municipal de Transportes e Trânsito (Comutran), realizada em novembro. O governo municipal ensaiou duas vezes que as obras começariam a curto prazo, mas o ano acabou, começou 2018 e só seis meses depois um sinal.
A prefeitura resolveu começar atender a reivindicação dos usuários do transporte e divulgou, dia 5, mais uma vez, o projeto do novo terminal que “prevê a construção de uma estrutura em aço, coberta, e com duas plataformas para o embarque e desembarque dos passageiros que aguardam no local os coletivos das linhas urbanas e intermunicipais”.
Até que a obra vire realidade, porque até agora a prefeitura não divulgou nem respondeu qual a previsão de término da construção, as condições dos usuários continuam muito ruins: “Vamos ver se agora sai né? Eles anunciaram mas vive assim ó, sem ninguém trabalhando. Até 2020 termina né? (risos), fala a vendedora Cristina Avelar que diariamente está no local desprotegido e inseguro. A Prefeitura informou na nota que “a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Sumtran) sinalizou o local com faixa de pedestre, além de ter demarcado o espaço de circulação dos veículos com cones e fitas, criando faixas separadas para ônibus e carros de passeio”.
