Sensação de distância

Um dia você, enfim, se dá conta de que a sensação de distância daquela pessoa é uma coisa real. O que era uma suspeita, se confirma e você não sabe como aconteceu.

Por negligência, por falta de atenção ou por acreditar que era um momento que deveria ser deixado em repouso. O fato é que agora você precisa acreditar e, claro, buscar entender o que houve. Em um primeiro momento, puxamos para nós a responsabilidade: falei alguma coisa que magoou? Falei demais em um dia em que estava de menos? Deixei de cumprir algum prazo? Deixei de dar a atenção que deveria? Pisei?

Acontece que nem sempre essas coisas ocorrem por nossa inteira e exclusiva culpa. Pode ser, também, porque a pessoa não nos julga mais tão necessária, por não precisar tanto do que temos a oferecer, por ter mais expectativas a nosso respeito do que poderíamos cumprir. Ou, simplesmente, porque a vida da outra pessoa tomou outro rumo e ela não nos incluiu. E isso nada tem a ver com a gente, certo?

Certo, aquela pessoa lhe era cara e está fazendo falta. Há saudades e boas lembranças a serem revividas e que, talvez, de acordo com seu entendimento, poderiam ser alimentadas e incentivadas a acontecerem novamente.

O que não nos chega tão claramente é que todo relacionamento é uma via de mão dupla. Se não for assim não será uma “real ação”.

Na dúvida, não se angustie; procure pela pessoa e, não em tom de cobrança, busque saber o que houve. Pode ser uma grande surpresa para as duas partes. Boa ou ruim, não importa. O que não cabe é fazer conjecturas sobre o possível quando se tem como saber o fato.

Falta coragem? Se for isso, vou começar outro assunto…

Ângela Alhanati
contato@angelaalhanati.com.br
Livre pensadora exercendo seu direito à reflexão

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