“Viva o Nelson!!”

Quinta-feira, 15 de março, véspera do aniversário de Onézio Valente. Um sujeito muito querido em Resende e por qualquer lugar por onde passe. Aqui na região é mais conhecido simplesmente como Nelson. Ou ‘Nelsão do Violão’ ou ainda, ‘seu’ Nelson, para os mais jovens.

Não há amante da música, da noite, da boêmia que não o conheça, que não tenha um elogio, o adjetivo arrumadinho na ponta da língua, para qualificá-lo. Nelson é o músico de todos, o que melhor acompanha, o de ouvido absoluto, universal. E sempre pronto a colaborar com algum amigo.

O Bar Atlântico, ali no Centro Histórico, um dos mais tradicionais e charmosos da cidade e cujas características nos afiançam a declará-lo como uma espécie de templo à música, foi o palco escolhido para essa noite especial. A noite que Nelson comemorou 70 anos de música na companhia dos amigos de ofício, de fãs e de admiradores.

Granja deu um show no teclado, no vocal e foi o principal crooner de uma noitada ampla de diversidade de gêneros musicais, expressões artísticas totalmente afeitas e familiares ao talento do versátil Nelsão do Violão.

Tadeu Rachid trouxe o toque sofisticado do metal, com seu sax em noite de gala, o cavaquinho de Samba e Choro veio com o Aldair Almeida e com Melzaque Caetano, o requinte de um contrabaixo sempre muito bem conduzido, bossanovista, jazzístico.

Luis Lima, o ‘Japão’ chegou praticamente, direto de uma viagem à Ásia para compartilhar da homenagem ao ‘mestre.’ E ‘seu’ Eduardo um daqueles seresteiros da melhor cepa, chamado carinhosamente por Ricardo ‘Ferrugem’ de Nelson Sargento, trouxe o aconchego das vozes que preenchem as madrugadas.

Zaidan (filho do Granja) outro mestre, passou apenas com o aceno. Era uma quinta-feira, não podemos esquecer, é quando a semana dos nossos músicos começa a se encorpar e os compromissos profissionais pipocam de vários cantos da cidade e região. Que bom! Nelson entende. E mesmo se comparecessem todos os músicos que com toda a certeza gostariam de estar presente, o Atlântico teria que ser um Maracanã.

E o que não faltou foi calor humano. Robinson Monteiro, que também sabe cantar, soltou a voz e lembrou que a primeira vez que cantou em público tinha 14 anos e foi acompanhado pelo homenageado da noite. Robson também foi o responsável pelo oportuno bordão que ponteou a noite: “Viva o Nelson!”.

Cezinha Braz Simplício com seu grupo do ‘Resende Saudades’ deu o toque de festa, com bolo para o ‘parabéns pra você’, carinho e um discurso de afago ao grande músico. No mais foram muitos os figurantes aplaudindo, curtindo, cantando e se emocionando quando Nelson também se emocionava.

Foi uma noite daquelas boas na qual entendemos que coração não é apenas um órgão destinado a bombear o sangue nas artérias. Valeu Nelsão, obrigado e parabéns, sempre, meu amigo!

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