Febre Amarela: primeiros meses do ano no RJ superam 2017 em números

Dados da Febre Amarela em 2017 e 2018

Os últimos boletins epidemiológicos registrados pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro apontaram este ano um aumento rápido no número de casos de febre amarela no estado desde os primeiros dados divulgados à imprensa, em 16 de janeiro. O último boletim, desta terça-feira, dia 6, divulgou até o momento que foram registrados 48 casos de febre amarela, com 22 mortes. O número supera com folga o total de casos e mortes da doença no ano passado, quando 27 pessoas foram infectadas e nove delas morreram.

No primeiro boletim, divulgado no começo da terceira semana de janeiro, o estado do Rio já contava com quatro casos e três mortes, concentrados em Valença (três casos e duas mortes) e Teresópolis (um caso com morte). Com a divulgação do último boletim, o município do Centro-Sul Fluminense registra o dobro de casos contabilizados em todo o ano de 2017 por Casemiro de Abreu (município com o maior número de casos daquele ano), que teve sete casos confirmados e uma morte. Se no começo de 2018 os casos eram registrados em apenas dois municípios, agora são 15 municípios incluídos no mapa.

Número de casos da doença dobrou em relação ao ano passado

Em relação às ocorrências confirmadas em primatas, o número segue abaixo do registrado em 2017, mas também vem crescendo. Em janeiro, foi confirmado um caso da doença em macacos no município de Niterói, na Região Metropolitana, e no começo deste mês esse número saltou para cinco, todos no Sul Fluminense, Centro-Sul e Litoral da Costa Verde: Barra Mansa, Angra dos Reis, Valença e Miguel Pereira. Ano passado, esse número chegou a 12 casos.

Confira o resultado do último boletim:

Número de localidades com casos confirmados de febre amarela em humanos:

– 7 casos – Teresópolis, sendo quatro óbitos
– 14 casos – Valença, sendo cinco óbitos
– 6 casos – Nova Friburgo, sendo três óbitos
– 1 caso – Petrópolis
– 1 caso – Miguel Pereira, sendo um óbito
– 2 casos – Duas Barras
– 2 casos – Rio das Flores, sendo dois óbitos
– 1 caso – Vassouras
– 5 casos – Sumidouro, sendo dois óbitos
– 3 casos – Cantagalo, sendo dois óbitos
– 1 caso – Paraíba do Sul, sendo um óbito
– 2 casos – Carmo, sendo um óbito
– 1 caso – Maricá
– 1 caso – Angra dos Reis, sendo um óbito
– 1 caso – Paty do Alferes

Número de localidades com casos confirmados de febre amarela em macacos:

– 1 epizootia – Niterói
– 1 epizootia – Angra dos Reis (Ilha Grande)
– 1 epizootia – Barra Mansa
– 1 epizootia – Valença
– 1 epizootia – Miguel Pereira

PAÍS AINDA NÃO REGISTRA CASO URBANO DA DOENÇA
Segundo dados do Ministério da Saúde, ainda não há nenhum registro confirmado de febre amarela urbana no país. Ou seja, todos os casos registrados tanto no território fluminense quanto no restante do país desde 1942 são da forma silvestre da doença. A forma de transmissão é feita por vetores existentes em ambientes de mata (mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes), que se infectam a partir de um hospedeiro silvestre, no caso o macaco. Todas as vítimas que contraíram a doença vivem, trabalham ou costumam passar férias ou finais de semana em regiões rurais ou de mata.

O caso confirmado no município de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, ao contrário do que foi noticiado esta semana, ainda não é considerado febre amarela urbana. Ainda não há uma confirmação por parte da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, que segue investigando o caso. O parâmetro utilizado pelo Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais, inclui o histórico do paciente e captura de mosquitos para identificar a forma de transmissão na região. Além disso, outro detalhe a ser observado é se o paciente mora na região urbana, mas trabalha na área rural ou de mata.

Fotos: Reprodução da Internet

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