Depois que o jornal BEIRA-RIO mostrou por duas semanas o problema do ponto de ônibus localizado na área do Rodoshopping Graal, em Resende, e na última denunciou a omissão da prefeitura que nada responde, o prefeito Diogo Balieiro finalmente resolveu tratar o assunto como ele merece. Pelo menos é o que diz. Em um post do perfil de Balieiro nas redes sociais nesta segunda-feira, dia 4, ele tenta justificar que mesmo tendo passado quase um ano de governo, o problema é “herança” do governo passado.
– O ponto de ônibus na Graal é inaceitável. Tenda sem lona e pessoas no tempo. Triste herança que recebemos. Para resolver o problema estamos firmando uma parceria público-privada. Após várias reuniões com os sócios da Rede Graal, vamos começar duas frentes de obras: uma mais rápida e provisória e outra definitiva. Nos próximos dias, vamos transferir o ponto de ônibus para um local coberto oferecendo mais conforto para os usuários. Enquanto isso, vamos construir um terminal rodoviário que vai oferecer comodidade e segurança aos passageiros, solucionando de vez esse sério problema. Aos poucos, estamos resolvendo cada problema da nossa cidade – respondeu o prefeito, em seu post.
As matérias realizadas pelo BEIRA-RIO nas duas últimas semanas vem registrando reclamações dos usuários nas redes. Muitos usuários estão como São Tomé: preferem aguardar para ver o resultado positivo. Afinal foram três anos do governo Rechuan e mais um do governo Balieiro sem solução para o “ponto de ônibus vergonha” na entrada de Resende.
Em postagem feita nas redes sociais nesta segunda-feira, o ex-prefeito Silvio de Carvalho falou sobre o assunto e até sugeriu uma audiência pública.
– Precisamos retomar essa discussão, por essa parceria não estar atendo as necessidades minimas dos passageiros que tomam chuva, não têm onde sentar e ficam a mercê dessa insegurança que assola nossa cidade cruelmente. O maior impasse fica está na imposição da Graal em querer receber o valor de cada passageiro que utilizar esse ponto, chamado taxa de embarque. Isso a meu ver, não caberia já que existiu investimento público no empreendimento – explica.
Ele relembrou que em seu governo, a Prefeitura de Resende colocou iluminação pública ao criar a avenida que passa por trás do rodoshopping. “A meu ver essa manutenção por parte da prefeitura parou, deixando as pessoas na escuridão e mais suscetíveis a assaltos. Sugiro uma audiência publica na Câmara de vereadores, onde poderemos chamar a sociedade civil organizada, tipo Aciar, CDL, Firjan, Associações de Moradores e a população, junto com o poder publico executivo e legislativo”, completou.
Silvio ainda relembra em sua postagem que a construção da Graal foi uma parceria entre a Prefeitura de Resende e a empresa, na qual o poder público cedeu essa área para a empresa construir seu empreendimento e atender a demanda dos usuários do transporte público.
A equipe do jornal BEIRA-RIO tentou pela terceira vez desde que começou a realizar as matérias entrar em contato com a Rede Graal, proprietária do rodoshopping de Resende para esclarecer se houve ou não acordo de parceria público-privada citada por Diogo Balieiro, e como foi essa negociação, mas até o momento não obteve resposta.
Fotos: Reprodução/Redes Sociais
Por mais que seja uma herança. Nós usuarios não podemos ficar a deriva de uma desculpa politica. Pois durante a campanha eleitoral serviram para fazer videos criticando a situação e depois que ganham não conseguem em um ano já praticamente dar uma solução para questão e agora ficar colocando a culpa no passado. Isso para mim é fraquesa administrativa e descaso com a polpulação