Rua das Hortências sofre com esgoto a céu aberto e entulho

Esgoto a céu aberto forma um lodo na calçada em frente ao Bloco 23

“Eles vêm, desentopem, mas quatro dias depois entope tudo de novo. E quando o pessoal do bloco ao lado usa a água e o esgoto, aí vem tudo para cá”, explica uma moradora vizinha ao Bloco 23 de prédios do Conjunto Habitacional do bairro Cidade Alegria, na Rua das Hortências, que se identificou apenas como Angélica.

Angélica conta que convivia com o mesmo problema há quase 20 anos, mas que graças ao serviço de um irmão, que é encanador, não tem mais problemas com a entrada de esgoto ou água nos ralos de sua casa, no Bloco 24. Nem ela, muito menos os vizinhos de bloco.

Esse problema é oriundo da construção das casas no projeto inicial, já que a rede de esgoto da nossa rua é ligada com a da Rua das Magnólias. Meu irmão trocou toda a encanação dos apartamentos daqui e nunca mais tivemos problemas, só que eu fico preocupada com os vizinhos do Bloco 23, especialmente os do primeiro andar, que são os que mais convivem com o mau cheiro”, diz.

Outra preocupação de Angélica é que o acumulo da água de esgoto na calçada, além de formar um lodo fétido, contribui para a proliferação de pernilongos, borrachudos e até de mosquitos transmissores da dengue. Moradora do primeiro andar no Bloco 23, a aposentada Ednéa Nery fala como é sua rotina. “É horrível conviver com esse cheiro, tenho em minha casa quatro netos, com idades entre 2 e 13 anos, e pra piorar, meu marido está doente”, revela.

Lixo atrai baratas, ratos e ratazanas para a casa dos moradores

Além do esgoto a céu aberto, Ednéa e sua família sofrem com o lixo e o entulho colocado em frente ao Bloco 23. “Por causa desse lixo, a gente sofre com ratos e baratas, e pra piorar meu gato de estimação não mata esses bichos, só brinca com eles. Eu é que tenho que correr atrás desses bichos”, lamenta Ednéa.

Outra moradora do Bloco 24 é a idealizadora do projeto Mulheres de Atitude, Rosângela Nunes, conta que há um mês o serviço de recolhimento de lixo e entulho parou de passar no local. Ela ainda acrescenta que os funcionários da concessionária (Águas das Agulhas Negras) só têm vindo com mais frequência depois que a moradora ameçou reclamar na imprensa.

Em nota, a concessionária Águas das Agulhas Negras informou que após realizar vistorias na rede coletora de esgoto, identificou que há uma obstrução na parte interna do imóvel. Mesmo não sendo responsabilidade da concessionária, uma equipe foi enviada ao local para auxiliar na desobstrução (os moradores confirmaram que os funcionários da empresa estiveram presentes nesta segunda-feira, dia 16). A equipe do jornal BEIRA-RIO tentou entrar em contato com a Prefeitura de Resende questionando quando será normalizada a coleta de lixo e entulho no local, mas não obteve resposta até o momento.

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