Sobre o Autismo: um olhar pessoal e limitado sobre um mundo desconhecido e sem fronteiras

O que antes era conhecido apenas por autismo, atualmente chamamos de Transtorno do Espectro Autista ou, para facilitar, TEA. Essa nova denominação me leva a inferir que autismo e seus distúrbios precisavam de uma fusão para que o diagnóstico fosse mais preciso e, dessa forma, se alcançasse uma forma mais efetiva de lidar com o que percebo ser um campo minado e ainda muito desconhecido.

Meu entendimento sobre o TEA é um pouco limitado e resume-se à percepção de que esse diagnóstico pressupõem uma dificuldade de comunicação social em todos os aspectos, mas com diferentes níveis, e a presença de comportamentos repetitivos. Embora se possa notar desde o nascimento essas características porque são muito prevalentes, em algumas pessoas somente ficam evidentes no decorrer do desenvolvimento, ao longo da vida.

Nem sempre o TEA possui relação imediata com deficiência intelectual. Muitas vezes é apenas pela dificuldade de interação social e/ou receptividade e elaboração da comunicação que a aprendizagem fica comprometida. E, em se tratando de aprendizagem, é necessário que se inclua todo tipo, desde as mais simples que são as aprendizagens da vida diária até as mais complexas, como as acadêmicas, por exemplo.

Por ser uma condição permanente, não é possível que se modifique o quadro através da cura ou da remissão total dos sintomas. O que se alcança terapeuticamente é uma melhor qualidade de vida, uma independência através do trabalho das habilidades pessoais, visando uma melhor permanência no mundo.

As pessoas com Transtornos do Espectro Autista podem se destacar em muitas atividades, como música, matemática, artes e, em geral, possuem excelente capacidade de aprendizagem visual, são detalhistas e observadoras dos detalhes bem como uma memória acima da média. Como possuem a característica com movimentos repetitivos, as rotinas tão importantes para seu estar no mundo torna-se um fator extremamente propício quando executam trabalhos que requerem essas habilidades.

A apropriação do conhecimento sobre as possibilidades da pessoa que possui o diagnóstico de TEA é fundamental para que possamos auxiliar da maneira correta para que se alcance mais o que chamamos de uma vida “normal” e ser, dessa forma, percebida como um ser humano como qualquer outro, que merece respeito e investimento, com suas necessidades e peculiaridades que os tornam únicos e especiais.

Ângela Alhanati
contato@angelaalhanati.com.br
Livre pensadora exercendo seu direito à reflexão

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