Não tenha preconceito contra os animais mestiços, adote!

Cão que deitou em véu de noiva conseguiu ser adotado (Foto: Arquivo Pessoal/Marília Pieroni)

Semana passada, falamos aqui em nossa coluna da luta travada pela ativista, atriz e apresentadora Luisa Mell para salvar 135 cães dos maus-tratos de um canil em Osasco, na Grande São Paulo. Depois de publicar a minha coluna, na semana passada, li a notícia de que a ativista tentou em vão promover um feira de adoção, uma vez que as pessoas que esperavam na fila para adotar um cãozinho desistiram ao saber que os animais disponibilizados na feira não eram de raça (estes estavam ainda em tratamento na ocasião).

Em nossa cultura, nos acostumamos a querer os cães nascidos de pais da mesma raça, ou seja, “puros” ao invés de vira-latas, ou melhor, prefiro aqui chamar de mestiços. Seja por pedigree, por status, por serem mais “bonitos” ou por saberem das características de biotipo dos animais.

Mas o desejo por ter um cãozinho da raça poodle, labrador ou mesmo um pit bull tem seu preço. Isso movimenta muito dinheiro, e ao mesmo tempo exploração contra os cães, como aconteceu no caso do canil onde ficavam confinados os 135 animais. Ter um cão de raça muitas vezes é conviver com um ser nascido de uma raça, que foi fruto de cruzamentos entre outras raças. Tanto que essa história de “raça pura” é uma farsa.

Se vocês pararem para pesquisar, vão descobrir que o próprio pit bull é resultante do cruzamento de outras raças, até entre os gatos acontece algo semelhante. Os felinos da raça himalaia são resultantes de cruzamentos do siamês com o persa, isso são apenas alguns exemplos. E o pior: tantas misturas resultam em animais com a saúde mais fragilizada.

E isto é um ponto que conta a favor dos animais resultantes de cruzamentos não-planejados, que são chamados de vira-latas, ou de mestiços, que segundo muitos tutores, costumam ter o organismo mais preparado para enfrentar doenças. Mas o pensamento herdado de pessoas que na vida real vivem somente de aparências parece não ser compartilhado pela maioria dos internautas, que foram solidários com a ativista.

Após a atitude tomada pelas pessoas que estavam na fila de adoção do Instituto Luisa Mell, muitas pessoas se manifestaram nas redes sociais postando fotos de seus cães vira-latas (mestiços). E outro fato muito interessante aconteceu: durante um casamento no interior paulista, um cão roubou a cena deitando sobre o véu da noiva. Depois dessa história, o simpático animalzinho foi adotado pelos recém-casados.

Colunista Loliza Domingues, ao lado da cadela Sheron, em Barra Mansa

Temos novidades em nosso blog. Conforme antecipamos, foi publicado no final de semana passada a entrevista que fizemos com as donas da cadela Sheron, que por sinal também é uma mestiça que ganhou uma nova vida. Ela é a primeira destaque da nova editoria Estrela Mascote. E a nossa colaboradora também mestiça, a Gatinha Mel, fala da dura rotina de sentir calor sendo uma peludinha.

Quem quiser ter o seu cãozinho ou gatinho destaque em Estrela Mascote, pode entrar em contato comigo pelo e-mail e mandar a história do seu bichinho. E informamos que essas histórias, além das sugestões de pautas ou histórias curiosas para outras editorias já podem ser novamente enviadas através do e-mail lolizadomingues@jornalbeirario.com.br, pois conseguimos solucionar o problema da semana passada. Fico no aguardo das mensagens e volto a partir da sexta-feira!

Loliza Domingues para o Cantinho Pais e Mascotes

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