Equipe que participará de Jornada de Foguetes precisa de apoio

Da esquerda pra direita: Frederico Nordskog, Davi Loureiro e Esdras Bezerra formam equipe

Pelo terceiro ano consecutivo, um colégio representará Resende no XI Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog), durante a IX Jornada de Foguetes, evento no qual anualmente acontece uma competição na qual centenas de equipes formadas por estudantes do Ensino Médio de todo o país lançam seus foguetes a maior distância possível. O trio formado pelos estudantes Frederico Nordskog e Davi Loureiro, de 18 anos, e Esdras Bezerra, de 17 anos, do Colégio Gênesis, se classificou para a competição realizada em Barra do Piraí, mas esbarraram em um obstáculo cada vez mais comum para os participantes: a falta de recursos.

– Esta é a terceira vez que vamos seguidamente. Já fomos vice-campeões em 2015 e terceiro colocados no ano de 2016, mas neste ano estamos com problemas para ir, tendo em vista que é bastante cara a inscrição. Nos anos seguintes tiramos do próprio bolso e tudo, mas agora está bastante complicado – explica o professor e coordenador do projeto de lançamento de foguetes, Diego Abreu.

Diego é filho do professor aposentado Luiz Barbosa de Abreu, o professor Luizinho, que em anos anteriores também coordenava o mesmo projeto por outros colégios. “Meu pai se aposentou, e hoje sou eu quem coordeno. Ele apenas nos dá dicas para a participação nos eventos”, revela o professor, que conta como os alunos prepararam o foguete.

– Todo o material foi construído por eles, mas com a supervisão nossa (de Diego e do pai) é claro! – acrescenta Diego, que também foi premiado o melhor professor do evento no ano passado.

O foguete apresentado pelo trio é quase todo feito de material reciclado, com exceção do manômetro, um aparelho que fica afixado na base e que ajuda a medir a pressão feita dentro do foguete antes de seu lançamento. “Ele serve para nos orientar em caso de necessidade de lançar ou abortar o lançamento do foguete”.

Questionado em relação aos patrocínios, o professor revela que o grupo – formado por ele e o trio de estudantes – correm contra o tempo para conseguirem participar. “A gente precisa pagar a taxa de inscrição (R$ 800 para cada integrante) e também precisamos de condução para que possamos ir a Barra do Piraí, pois ficou difícil bancar tudo por nossa conta. Estamos indo atrás do poder público, de todas as formas para conseguirmos um apoio que custeie todas essas despesas”, pede Diego.

SEGURANÇA
Neste ano, outro representante de Resende também participará do evento. É o professor e bombeiro Fábio Stogmüller, que participa da organização do evento, e fará palestras sobre segurança, para trabalhar a questão da segurança entre os estudantes que participam das equipes. “Eu fui uma das testemunhas da criação da jornada de foguetes, posso dizer que vi essa jornada nascer. Hoje eu faço parte da coordenação ajudando na questão da segurança, como forma de evitar acidentes com os componentes utilizados no lançamento dos foguetes”, cita Stogmüller.

Resende é o único município do Sul Fluminense que participa do evento. Os demais municípios fluminenses são Rio de Janeiro, Nova Iguaçu e Casemiro de Abreu. Tanto a mostra quanto a competição fazem parte da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), e acontecem entre os dias 31 de outubro e 3 de novembro, no Hotel Fazenda Ribeirão.

 

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