A cada três pessoas no Brasil, uma sofre de bruxismo, um problema relacionado diretamente com os distúrbios do sono, que causa vários males a saúde do indivíduo.
Mas afinal de contas, o que é bruxismo?
Bruxismo é uma desordem funcional que se caracteriza pelo ranger ou apertar dos dentes durante o dia ou, mais comumente, durante o sono, como mencionado antes. Suas causas não são conhecidas por completo pelos especialistas, mas se sabe que há possíveis razões tanto físicas quanto psicológicas que podem dar origem a esse distúrbio, como: Sensações de ansiedade, estresse, raiva, frustração ou tensão; alinhamento irregular da arcada dentária superior ou inferior; outros problemas relacionados ao sono, como apneia do sono; entre outros.
Existe ainda fatores que podem vir a aumentar o risco de bruxismo, como idade – bastante comum em crianças, mas, geralmente, desaparece durante a fase da adolescência –; personalidade – pessoas que se caracterizam por serem muito agressivas, competitivas ou mesmo serem hiperativas tem maiores chances de adquirirem bruxismo –; fora o excesso de álcool, cigarro, cafeína e drogas; e outros.
De acordo com Bruno Chagas, especialista em cirurgia buco-maxilo-facial do Centro de Deformidades da Face, o bruxismo é um mecanismo fisiológico que acontece naturalmente, sendo muito comum em grande parte da população. “O bruxismo apenas se torna uma disfunção quando é acompanhado de ranger ou apertamento de dentes, além do excesso de força empregado na mandíbula. A pressão exercida pelos músculos mastigatórios é destrutiva para a estrutura do rosto, que não possui capacidade para aguentar tanta potência”, explica Chagas.
Os sintomas provocados vão desde ranger ou apertar os dentes – às vezes tão alto que pode despertar uma pessoa que estiver dormindo ao lado –; dentes achatados, fraturados, lascados ou soltos; dor de cabeça; recuos da língua; a problemas mais graves, como depressão e transtornos alimentares.
Segundo um estudo realizado por pesquisadores da PUC – RS, as dificuldades respiratórias durante o sono aumentam o número de episódios de bruxismo, pois o problema ocorre justamente durante os despertares. O estudo ainda aponta que as pessoas saudáveis chegam a apertar os dentes 280 vezes por noite, enquanto quem sofre com o bruxismo faz o mesmo movimento até 12 mil vezes por noite.
Chagas ainda fala que não há um tratamento definitivo para o bruxismo, por isso, cabe aos profissionais estarem atentos a todas as possíveis causas que desencadeiam o distúrbio. Em muitos casos, precisa-se de terapias em conjuntas, de atuação interdisciplinar.
“O uso de dispositivos intra-bucais, terapias medicamentosas, terapias cognitivo-comportamentais ou a associação de todas estas estratégias podem ser necessárias durante o tratamento. A técnica escolhida depende de cada caso clínico e o objetivo principal é reduzir a tensão da musculatura mastigatória; minimizar os níveis de ansiedade e; controlar a intensidade dos episódios alérgicos”, finaliza Chagas.
Fonte: Assessoria de Comunicação (Toda Comunicação)/Minha Vida (Site)
Foto: Centro Odontológico González Colomer/Dental Clinica/Mejor con Salud
